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Ministério Público investiga na Operação Mustela uma suposta fraude à fila do SUS. | Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo
Ministério Público investiga na Operação Mustela uma suposta fraude à fila do SUS.| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

As 12 pessoas que foram presas na segunda-feira (10) quando foi deflagrada a Operação Mustela, do Ministério Público do Paraná, foram liberadas pela Justiça nesta sexta-feira (14). Os suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude ao Sistema Único de Saúde (SUS) estavam presos temporariamente, tipo de prisão que vence em cinco dias.

Vida de pacientes em jogo: entenda o esquema que furava a fila do SUS no Paraná

A operação investiga agentes públicos e médicos que teriam envolvimento com uma organização criminosa que cobrava indevidamente de pacientes para furar a fila do SUS. Entre os presos estava um ex-assessor de Ratinho Junior (PSD). Veja o que dizem os envolvidos.

Além das prisões, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em dez cidades do Paraná: Curitiba, Campo Largo, Marechal Cândido Rondon, Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Telêmaco Borba, Bandeirantes, Campo Magro, Colombo e Siqueira Campos.

Um desses mandados de busca e apreensão foi cumprido na Assembleia Legislativa do Paraná. No local, o gabinete do deputado Ademir Bier (PSD) foi alvo de ordem judicial. Três residências do parlamentar também tiveram buscas na manhã de hoje. Duas são em Marechal Cândido Rondon, na região Oeste – reduto eleitoral de Bier, onde ele foi prefeito nos anos 1990 – e uma em Curitiba.

Veja relação das pessoas que foram liberadas nesta sexta-feira

- César Augusto Cubis

- Claudete Manfrin Nonato

- José Carlos Martins, vereador em Bandeirantes

- Lourival Aparecido Pavão, que foi assessor de Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa

- Luiz Geraldo Hablich

- Paulo Roberto Mendes de Morais

- José Carlos da Silva, assessor do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), segundo o Gaeco

- Sônia Aparecida dos Santos

- Flávia Lilian Gomes, secretária no Hospital São Lucas

- Taiana do Carmo, funcionária do Hospital São Lucas

- Marcel Sangeroti, médico do Hospital São Lucas

- Volnei José Guareschi, médico e sócio do Hospital São Lucas”

Outro lado

Lourival Pavão

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Lourival Pavão. Ao G1 Paraná, o advogado do ex-assessor informou, na segunda-feira (10), que estava estudando o processo e que só se manifestaria quando tivesse ciência de toda a situação. O espaço segue aberto para a manifestação dos advogados.

PSC

A reportagem fez várias ligações ao diretório do partido, mas não obteve sucesso. Pelo telefone, o presidente da legenda, deputado federal Hidekazu Takayama, disse que não falaria à Gazeta do Povo e que não queria se posicionar.

Solumedi

A Solumedi se manifestou por meio de nota, reproduzida na íntegra:

Tendo em vista a deflagração de Operação oriunda do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco, a empresa Solumedi Franquias e Consultoria Ltda, esclarece que:

1. É sociedade empresarial, devidamente constituída nos órgãos competentes, que tem como escopo prestar serviços administrativos e agendamentos de consultas médicas, exames laboratoriais e outros procedimentos.

2. Foi erroneamente veiculado que a empresa Solumedi seria de propriedade da família do apresentador de televisão Ratinho, o que não corresponde à realidade. A imagem do referido apresentador é apenas utilizada para campanhas publicitárias, outdoors e divulgação da empresa no mercado.

3. A empresa Solumedi nega, de maneira veemente, a sua participação em ilícitos de qualquer natureza. Jamais participou de qualquer tipo de acordo entre médicos, empresários e agentes públicos destinado a “furar a fila” do Sistema Único de Saúde. Neste ponto, importante destacar que nenhum dos investigados tem qualquer tipo de relação com a empresa.

4. Todas as suas atividades empresariais são devidamente registradas, com regular e criteriosa prestação de contas à Receita Federal, bem como todos os procedimentos internos obedecem a rigorosos padrões de ética e conduta.

5. Por fim, a empresa Solumedi, por meio de seus prepostos, esclarece que está à disposição das autoridades competentes para prestar qualquer esclarecimento e que está certa da mais absoluta inocência nos lamentáveis fatos apurador pela Justiça e amplamente divulgados pelos meios de comunicação.

Hospital São Lucas

O Hospital São Lucas se limitou a ressaltar que os fatos ainda estão em apuração e que a instituição colabora com as investigações.

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