Em uma visita surpresa à sessão plenária da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (2), o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN) afirmou que o impasse entre a prefeitura e as empresas concessionárias do transporte coletivo o tem deixado de mãos atadas para agir no sentido de renovar a frota do transporte coletivo da capital. Ainda assim, o prefeito afirmou que se as disputas judiciais não forem resolvidas e as empresas não comprarem novos ônibus, ele mesmo vai fazê-lo.
“Não me move nenhuma simpatia por ninguém, o que me move é a vontade de servir Curitiba. Se não comprarem os ônibus e a Justiça permitir eu vou compra-los e vou fazer funcionar essa cidade acima das dificuldades”, afirmou.
Segundo o prefeito, há dinheiro para fazer essas compras. Esse recurso é proveniente da diferença entre os R$ 4,25 cobrados dos passageiros de ônibus e os R$ 3,98 repassados às empresas. Portanto, de cada passagem cobrada desde o aumento da tarifa, em fevereiro, R$ 0,27 ficam com a prefeitura.
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“Temos dinheiro para comprar ônibus, aguardamos o gravíssimo impasse das 35 ações que os empresários movem contra a prefeitura e a prefeitura contra empresários. Minhas mãos estão amarradas”, afirmou.
Greca relatou que a prefeitura tem cogitado a possibilidade de criar linhas de ônibus alternativas, que sejam independentes do contrato com as empresas concessionárias.
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“Mandei estudar uma linha independente do contrato, que funcione, do Pinheirinho, pela Linha Verde, até a Santa Cândida e de volta ao Pinheirinho, entrando, inclusive no território gerido pelas empresas Gulin”, informou.
Atualmente, a frota total dos veículos do transporte coletivo de Curitiba tem 426 ônibus com idade superior a dez anos – que é a vida útil máxima prevista em contrato. Essa situação piora mensalmente e a expectativa é que se nenhum ônibus novo for comprado, a cidade chegará ao fim de 2017 com 529 ônibus vencidos.
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O que tem impedido a renovação da frota desde 2013 é uma decisão da Justiça em caráter liminar que desobriga as empresas da compra de novos ônibus. A decisão judicial atendeu a um pedido das empresas, que alegam um desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.
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