Os vereadores de Curitiba aprovaram nesta terça-feira (12), em segunda votação, a compra por parte do município de 22 lotes da Urbs, em três terrenos diferentes. Na transação, que tramitou em regime de urgência na Câmara Municipal, a prefeitura vai desembolsar R$ 16 milhões. Os terrenos estão localizados na CIC, no Tarumã e no Portão.
Ao defender a aprovação no plenário da Câmara, o líder do prefeito na Casa, Pier Petruzziello (PTB), admitiu que os R$ 16 milhões serão usados para pagar o Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto pela Urbs neste ano.
“Estamos, sim, comprando R$ 16 milhões em terrenos para pagar o PDV de muita gente que está passando esse aperto”, afirmou o líder durante discurso na tribuna.
“Se a Urbs está quebrada, não coloquem a conta no atual prefeito, Rafael Greca. Falem o que quiser do prefeito, mas é trabalhador. [Com esse projeto] estamos tentando arrumar a casa”, continuou o vereador, que também fez críticas ao posicionamento da oposição, que votou contra a iniciativa do Executivo. Votaram a favor do projeto 23 vereadores.
A Urbs anunciou em novembro que abriu um Plano de Demissão Incentivada com o objetivo de desligar 155 funcionários do quadro da empresa. Caso a adesão ao plano não seja satisfatória, a empresa que gerencia o transporte coletivo em Curitiba vai demitir os funcionários.
Motivos
O próprio prefeito Rafael Greca (PMN), na justificativa do projeto, afirma que a transação está sendo feita “considerando a atual condição econômico-financeira da Urbs”. O texto não detalha o uso que o município dará às áreas, mas afirma que serão usadas para a expansão dos serviços públicos.
“Ao negociar áreas não utilizadas pela Urbs, com expressivo potencial de interesse econômico, o município poderá fazer uso destes imóveis para implantação de futuros equipamentos públicos, uma vez que constantemente o município vem sendo demandado na construção de equipamentos para atender a necessidade da população”, diz o texto.
O dinheiro para a compra sairá do pagamento da contribuição patronal sobre os aposentados da prefeitura, obrigação que foi revogada no pacote de ajuste fiscal aprovado em junho.
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