Presos fazem agente refém na Penitenciária Estadual de Maringá

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Presos de uma galeria da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM), no norte do Paraná, se rebelaram na manhã desta quinta-feira (4) e fizeram um agente penitenciário de refém. Policiais militares, bombeiros e agentes da Seção de Operações Especiais (SOE) participam das negociações, mas até a manhã desta sexta-feira (5) a situação ainda não havia sido resolvida.

A rebelião teria começado na ala 7 por volta de 9h30, onde estão custodiados cerca de 90 presos. A PEM tem capacidade para 360 internos, mas abriga 455. Os amotinados atearam fogo em colchões.

A unidade conta com apenas 20 agentes no plantão diurno e 10 no plantão noturno para fazer a custódia e movimentação os presos. A quantidade de agentes é quatro vezes menor do que determinação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, de 5 presos para cada agente. Na PEM, essa proporção é de 22 presos.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) também está acompanhando a rebelião. Em nota, o sindicato pediu que os agentes de todo o Paraná “redobrem a cautela em seus postos de trabalho”. A entidade solicitou ao Depen que sejam suspensas as movimentações em todas as 33 unidades penais até que a rebelião tenha fim.

Transferências

O Sindarspen solicitou às autoridades na terça-feira (2) que 69 presos de uma facção criminosa do Paraná sejam transferidos para um presídio federal. Eles estão em Penitenciária Estadual de Ponta Grosa (PEPG) desde o fim da rebelião na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), no início de julho.Entre os órgãos que receberam a solicitação, estão a Secretaria de Segurança Pública, Tribunal de Justiça do Paraná e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco).

No último sábado (30), 19 presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que estavam custodiados na Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), foram transferidos para a Penitenciária Federal de Catanduvas. A unidade foi alvo de um arrebatamento no último dia 11, quando 29 presos fugiram pelo muro.