As galerias do Palácio Rio Branco – o prédio histórico da Câmara de Curitiba – ficaram danificadas, depois de cerca de 100 servidores municipais terem tomado o espaço, que tem limite de lotação estabelecido em 28 pessoas. Os danos foram constatados preliminarmente pelo Corpo de Bombeiros, que deve fazer outra vistoria no local. Os servidores protestavam contra a aprovação de projetos de ajuste fiscal enviados à Câmara pela prefeitura. A manifestação – em que os funcionários fizeram uma “chuva” de dinheiro falso – provocou a interrupção da sessão.
VÍDEOS: Veja momento do protesto dos servidores na Câmara de Curitiba.
Segundo nota emitida pela Câmara, o Corpo de Bombeiros apurou que houve descolamento do piso (de modo a se formar uma fresta em que cabe um dedo), da escada (que se separou da parede) e do lustre (que desceu cerca de um palmo do teto). Em outra vistoria, os bombeiros vão apontar se as estruturas ficaram comprometidas. A Câmara também divulgou fotos dos danos.
Os vereadores votavam em segundo turno dois projetos enviados pelo prefeito Rafael Greca (PMN): a nova meta fiscal do município e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018. Por volta das 9h30, manifestantes forçaram a porta que dá acesso ao segundo andar do prédio histórico e, mesmo com a tentativa de seguranças, conseguiram acessar as galerias. Durante mais de uma hora, eles gritavam palavras de ordem e pulavam no anexo. Imagens divulgadas pela Câmara mostra o momento em que os servidores forçam a entrada e, depois, mostra a estrutura tremendo por causa dos pulos.
A manifestação fez com que vereadores da base de apoio a Greca se retirassem rapidamente do plenário e se refugiassem na sala de reuniões, anexa à presidência da Câmara. Depois de uma hora, os servidores decidiram deixar o prédio, mas continuaram o protesto do lado de fora, onde afixaram cruzes em um gramado e exibiram fotos de vereadores que votaram favoravelmente ao “pacotaço” de Greca.
“Está na hora de o Executivo ter responsabilidade na gestão. Essa crise não foi causada pela Câmara. Quem provocou essa crise tem nome e sobrenome, porque já dava sinais há muito tempo, nas duas últimas gestões. E a Câmara mais uma vez assume a responsabilidade da gestão”, disse o presidente da Casa, vereador Serginho do Posto (PSDB).
Esta é a quarta vez que a Câmara foi tomada por servidores que protestavam contra as medidas de austeridade de Greca.
Galerias tremem, aos pulos de manifestantes
Manifestantes forçam as portas para entrar nas galerias
Deixe sua opinião