O governado Beto Richa (PSDB) disse, nesta quinta-feira (21), que as denúncias contra ele na Operação Publicano serão investigadas de forma “mais equilibrada” no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A transferência dos processos à corte superior vai ocorrer devido à conexão dos processos com o inquérito 1093, que investiga tucano e já tramita no STJ desde o início de 2016. O caso estava sob responsabilidade da 3.ª Vara Criminal de Londrina.
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Durante solenidade de inauguração de um conjunto habitacional em Cascavel, no Oeste do Paraná, Richa afirmou que no início das investigações já havia solicitado que o caso subisse ao STJ. Ao comentar o tema, o governador usou expressões fortes, como “farra” e “carnaval”.
“Eu já tinha pedido isso, para sair de lá, daquela farra, daquele festival, daquele carnaval, e fosse para uma investigação mais equilibrada do STJ”, afirmou.
Richa afirmou ainda que há algum tempo vem sendo vítima de denúncias, que ele classifica como “vazias e levianas”. “Minha história de vida, a minha trajetória, da minha família me avalizam”, destacou. Ele fez questão de destacar que, mesmo antes das investigações serem iniciadas pelo Ministério Público do Paraná, o próprio estado já havia iniciado um processo de investigação e puniu os responsáveis.
A Publicano
Deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Operação Publicano apura um esquema de desvios na Receita Estadual do Paraná, articulado a partir da atuação de auditores fiscais. O principal delator do caso, Luiz Antônio de Souza, detalhou que o dinheiro obtido a partir do mecanismo de corrupção teria abastecido a campanha de reeleição de Beto Richa, via caixa 2, em 2014. O governador chegou a solicitar a anulação da delação do auditor, mas o STJ negou o pedido e manteve nos autos todos os elementos apresentados por Souza.
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