A um ano e meio das eleições municipais, quatro nomes aparecem tecnicamente empatados na disputa pela prefeitura de Curitiba: o atual prefeito Rafael Greca (PMN); o deputado federal Gustavo Fruet (PDT); o secretário estadual de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost (PSD); e o deputado estadual Fernando Francischini (PSL).
Os números foram revelados pelo Instituto Paraná Pesquisas que entrevistou 904 eleitores curitibanos entre os dias 16 e 20 de março. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais.
A pesquisa estimulada, quando o nome do candidato é apresentado ao eleitor, testou três cenários diferentes. Na simulação em que os quatro principais nomes aparecem, esse primeiro pelotão é seguido por Luciano Ducci (PSB), Maria Victoria (PP) e João Arruda (MDB).
Nos outros cenários, em que nomes diferentes são testados, não há alterações significativas na parte de cima da disputa.
De acordo com Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, o levantamento deixa evidente que o quadro político na disputa pelo comando da capital é embolado e que entre os quatro primeiros colocados não há favoritismo.
Outro dado relevante é revelado pela pesquisa espontânea – quando o eleitor não tem uma lista pré-estabelecida de nomes. Nesse caso, 70,9% diz não saber em quem votar. Ou seja, com 18 meses de antecedência, o cenário ainda é, naturalmente, de indefinição.
Dispostos a concorrer
Os quatro nomes apontados como favoritos pela pesquisa não têm escondido sua predisposição em disputar as eleições em 2020.
Rafael Greca disse em entrevista à Gazeta do Povo no fim do ano passado que a decisão de ser prefeito novamente “depende do povo”. “Vocês [os curitibanos] que vão me dizer se me querem por mais quatro anos. Para mim, ser prefeito é um estado de graça”, afirmou.
Também em entrevista à Gazeta, Gustavo Fruet deixou claro que mesmo sendo eleito deputado federal continua interessado em disputar a prefeitura. A postura de ataque à gestão de Greca que tem assumido nas redes sociais nos últimos dias reforça essa intenção.
Francischini também não esconde o desejo de chegar ao Palácio 29 de Março. À rádio Banda B disse que comandar a prefeitura é um “sonho” e há muita gente que vê na troca da Câmara dos Deputados pela Assembleia Legislativa, um caminho para alcançar esse objetivo.
Ney Leprevost também optou por ficar em Curitiba como secretário de estado em vez de ir a Brasília assumir o mandato de deputado federal para o qual foi eleito. Ficar na cidade é também parte de sua estratégia para seguir os passos do avô e chegar ao comando de Curitiba. “É inegável que alguém que deixa de ganhar a eleição [de 2016] por uma margem tão pequena fique com uma certa vontade. E não só uma vontade minha. As pessoas na rua vêm me abordar e falam: ‘próximo prefeito’”, contou em entrevista ao jornalista da Gazeta Carlos Coelho.
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