Com as bênçãos do governador eleito Ratinho Junior (PSD), mais de 30 dos 54 deputados estaduais eleitos já fecharam a principal chapa para a disputa da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Paraná. Pelo acordo, o atual presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), permanecerá no cargo no biênio 2019-2020. Ao menos por ora, a tendência é que ele dispute a cadeira contra Fernando Francischini (PSL), parlamentar mais votado da história do Legislativo estadual e comandante da maior bancada partidária a partir do ano que vem.
Quem é quem
Veja os nove nomes abençoados por Ratinho para comandar o Legislativo em 2019:
Presidente: Ademar Traiano (PSDB)
1º secretário: Luiz Claudio Romanelli (PSB)
2º secretário: Gilson de Souza (PSC)
1º vice-presidente: Plauto Miró (DEM)
2º vice-presidente: Tercílio Turini (PPS)
3º vice-presidente: Requião Filho (MDB)
3º secretário: Marcel Micheletto (PR)
4º secretário: Gilberto Ribeiro (PP)
5º secretário: Nelson Luersen (PDT)
Acordo feito antes da eleição
O aval de Ratinho ao nome de Traiano se deve a um acordo feito entre os dois antes mesmo do início da campanha eleitoral. Apesar de o PSDB ter se coligado com a governadora Cida Borghetti (PP), o tucano apoiou Ratinho, do PSD, tendo, inclusive, comparecido à convenção que homologou a candidatura do agora governador eleito. Em troca, Traiano recebeu a promessa de que teria caminho livre para se reeleger presidente da Assembleia Legislativa.
E, nas conversas com os deputados eleitos depois vencer no primeiro turno, Ratinho externou o desejo da “recondução” de Traiano ao comando do Legislativo. Apesar de o futuro governador insistir em negar qualquer interferência na disputa da Assembleia em nome da “independência entre os poderes”, a influência dele no pleito é evidente na medida em que o PSD ficou de fora dos nove cargos da Mesa na chapa encabeçada pelo tucano. Além do cumprimento do acordo, a medida é uma clara tentativa de garantir uma governabilidade tranquila na Casa a partir de 2019.
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Só o PSL ficou de fora da costura de Ratinho
Isso porque, além dos quatro deputados do PT, que devem trilhar o caminho da oposição, praticamente apenas o PSL ficou de fora da composição costurada por Ratinho. Diante disso, é esperado que Francischini encabece uma candidatura adversária a Traiano. Na prática, porém, Francischini terá dificuldades até mesmo para fechar os outros oito nomes da própria chapa, já que quase todos os partidos já estão alinhados com o atual presidente da Casa.
Por isso, especula-se que Francischini estaria trabalhando nos bastidores para “roubar” de Plauto Miró (DEM) a vaga de 1º vice-presidente na eleição marcada para o dia 2 de fevereiro.
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