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Rocha Loures e Requião juntos nas eleições de 2010. | Arquivo/Gazeta do Povo
Rocha Loures e Requião juntos nas eleições de 2010.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Principal figura do PMDB do Paraná, o senador Roberto Requião admitiu que ficou surpreso com o envolvimento do deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) no escândalo desencadeado pelas delações da JBS. “Conheci o Rodrigo como um menino ingênuo, correto. Ele se afastou de mim há muito tempo, quando passou a assessorar o Temer. Mas, para mim, é difícil imaginar o Rodrigo numa falcatrua dessas. Conheço ele, conheço o pai, conheço a mãe”, disse o peemedebista, durante entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, na tarde desta terça-feira (30). “Para mim, o Rodrigo deve ter sido utilizado nisso. Muito difícil imaginar aquele menino corrompido nesse nível”, reforçou Requião.

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Para o senador, as benesses ao dono da JBS, Joesley Batista, soaram “muito estranhas” e merecem críticas, mas o conteúdo da delação seria “mortal” para o Planalto. “Criminoso confesso, Joesley Batista conseguiu asilo nos EUA, levou o iate, levou o avião. O acordo de colaboração foi muito estranho. Mas não duvido da veracidade das informações delatadas”, apontou o paranaense.

Embora pertença ao PMDB, Requião se tornou um dos maiores críticos do governo Temer. Para ele, o correligionário deveria renunciar. “Minha posição é a eleição direta. Se for eleição indireta, só seria suportável com um referendo popular. Caso contrário, também não haveria governabilidade”, opinou o parlamentar.

“Tem governabilidade? Não tem. A Dilma em determinado momento não tinha mais, o Temer tem muito menos. Aqui ele tem apoio porque tem pessoas que nomearam parentes, cabos eleitorais, conseguiram emendas. É um apoio absolutamente fisiológico. Não governa com esse apoio. Acho que derreteu o governo. Estamos sem governo. Tanto que o [ministro da Fazenda] Henrique Meirelles disse que, saindo ou não o Temer, ele vai avançar com as reformas. O que significa isso? Que é ele quem está governando, com Bradesco, Itaú e o capital financeiro”, atacou Requião.

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