• Carregando...
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) | Jonathan Campos/Gazeta do Povo/Arquivo
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB)| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/Arquivo

Uma reunião de quatro horas nesta segunda-feira (10) marcou mais um capítulo na novela em torno do desembarque do PSDB no governo Michel Temer (PMDB). De novo, lideranças do partido decidiram ficar em cima do muro com relação à saída e deixaram para a bancada da Câmara a definição do posicionamento na votação da denúncia apresentada contra o presidente pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Presente ao encontro, o governador Beto Richa (PSDB) destoou do outros quatro governadores tucanos e defendeu que o partido deixasse a base de Temer.

Participaram da reunião 16 lideranças do partido, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito João Doria, os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e cinco governadores do partido, entre eles, o paranaense.

Richa mudou de posicionamento. Em sua última fala sobre o assunto, após um encontro tucano em 12 de junho, ele havia defendido a permanência da sigla com Temer.

LEIA MAIS:tucano do Paraná prefere não falar sobre denúncia contra Temer

A denúncia na Câmara

Segundo o líder da bancada tucana, Ricardo Tripoli, a questão em torno da denúncia na Câmara será discutida entre deputados tucanos nesta terça ou quarta-feira.

Você piscou os olhos e nem percebeu: este homem realmente pode ser presidente

Leia a matéria completa

“Essa decisão [de deixar cargos no governo] vai ser discutida após termos uma definição pelo líder Tripoli da posição da bancada em relação à votação que vai ter na quinta-feira [na Comissão de Constituição e Justiça]”, disse o presidente do partido, Tasso Jereissati.

Ele disse que não há uma tendência clara na bancada, mas Tripoli vê uma maioria se formando pela aceitação da denúncia contra Temer.

Tasso afirmou que o partido concordou em eleger uma nova direção em agosto. Em maio, o então presidente do partido, Aécio Neves, se afastou do cargo após a delação da JBS. Segundo Tasso, o partido precisa discutir um novo programa e refletir sobre “erros”.

Cardápio foi pizza

Segundo relatos, a dificuldade de Temer para se manter no cargo, ainda que nem sempre verbalizada, ficou como pano de fundo das falas de cada um.

Alckmin, Serra e Aécio reconheceram a dificuldade de a reforma da Previdência avançar.

LEIA MAIS:Veja quais órgãos mais aumentaram gastos com pessoal na gestão Richa

FHC disse que o governo Temer errou na justificativa da medida. Em vez de dizer que a reforma seria para combater privilégios, disse que o objetivo era combater o deficit.

O ex-presidente também fez um apelo contra o fogo cruzado, com um tucano rebatendo o outro.

Tasso foi mais assertivo na defesa do desembarque, mas foi lembrado de que a reunião não tinha poder deliberativo.

Neste momento, Richa destoou dos demais governadores presentes, com posição favorável à saída do PSDB do governo.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, falou da necessidade de uma agenda com teses corajosas, que representem mudanças radicais como por exemplo a adoção do parlamentarismo.

O cardápio do jantar foi pizza.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]