O governador Beto Richa (PSDB) comentou pela primeira vez sua relação com Mauricio Fanini, ex-diretor da Secretaria de Educação do Paraná, investigado pela Operação Quadro Negro por suposta fraude em licitações de escolas estaduais. Segundo o Ministério Público (MP-PR), o ex-diretor usava sua relação com o tucano para conseguir benefícios na secretaria. Fotografias anexadas ao processo comprovam o vínculo entre eles.
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Em evento nesta segunda-feira (7), Richa não negou a amizade com Fanini, mas adotou um tom crítico para falar da relação. “Só posso dizer que não tenho nenhum compromisso com o erro de ninguém, nem de eventuais pessoas próximas ou amigos meus. Quem deve, e for constatada a responsabilidade, tem que pagar”, afirmou, em entrevista divulgada pela RPCTV.
Na quarta-feira da semana passada (2), o MP apresentou à Justiça sete ações civis públicas, por atos de improbidade administrativa envolvendo o desvio nas obras de construção e reforma de escolas estaduais. Nas peças, o órgão pede bloqueio de bens e ressarcimento por danos morais, no valor de R$ 41 milhões, e cita a relação entre Richa e Fanini.
De acordo com o tucano, a investigação que, posteriormente resultou na Operação Quadro Negro, foi uma solicitação do governo dele, motivada por denúncias que chegaram até a administração estadual. “Quem iniciou a investigação foi o governo do estado, por minha determinação. Quando recebemos as primeiras denúncias de obras não realizadas e que estavam sendo pagas, encaminhamos a sindicância para a Secretaria de Educação”, defendeu.
O governador disse ainda que dessa apuração inicial teria resultado a operação do MP-PR e ressaltou que quer celeridade na investigação das denúncias. “Depois de constatado o volume de irregularidades, mandamos para a polícia do estado, para que fizesse as devidas investigações. Sou o maior interessado que isso seja investigado com profundidade, o mais rápido possível”, concluiu.
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