O governador Beto Richa (PSDB) recebeu “com perplexidade” a notícia da abertura de mais um inquérito contra ele no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em nota, o governo do estado informou que Richa não teve acesso a essa denúncia e ainda não foi notificado da decisão do ministro Og Fernandes.
O ministro autorizou a abertura de inquérito contra o governador do Paraná por supostos crimes citados na delação da Odebrecht. O pedido para investiga-lo foi feito pelo vice-procurador-geral da República José Bonifácio Andrada. As citações ao tucano no âmbito das delações da Odebrecht chegaram ao STJ na última segunda-feira (12).
Este é o terceiro inquérito contra Richa no STJ – ele já é investigado na esteira da Operação Publicano e também por um caso envolvendo licenças concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na região do Porto de Paranaguá.
Na nota, o governo afirmou que todas as que todos os recursos das campanhas eleitorais de Richa – 2008, 2010 e 2014 – tiveram origem lícita e em conformidade com a legislação vigente à época. “De qualquer forma [o governador] usará o espaço de sua defesa para esclarecer todos os fatos e espera, com serenidade, que ao final desse processo a verdade e a justiça prevaleçam”, diz o comunicado.
Governador em Londres
Beto Richa está na Inglaterra desde a quinta-feira (15). O tucano foi a Londres para palestrar no Global Expansion Summit, conferência internacional que acontece entre 18 e 20 de junho. Ele retorna ao Brasil no dia 21. Segundo informações do governo do estado, Richa falará sobre os projetos de ajuste fiscal para governantes, empresas e representantes de fundos de investimentos estrangeiros. Além do governador, a comitiva paranaense é composta pela mulher dele e secretária, Fernanda Richa; pelo secretário de Estado da Fazenda, Mauro Ricardo Costa; e por uma profissional de relações internacionais, vinculada ao cerimonial do governo.
Leia íntegra da nota do governo
O governador Beto Richa não teve acesso a essa denúncia e ainda não foi notificado da decisão do ministro Og Fernandes. Mas de antemão garante que todos os recursos de suas campanhas de 2008, 2010 e 2014 tiveram origem lícita e em conformidade com a legislação vigente à época, conforme prestação de contas feita à Justiça Eleitoral. Diante disso, o governador recebeu com perplexidade a abertura da investigação. De qualquer forma usará o espaço de sua defesa para esclarecer todos os fatos e espera, com serenidade, que ao final desse processo a verdade e a justiça prevaleçam.