O governador Beto Richa (PSDB) estará fora do país entre esta quarta-feira (23) e a quinta-feira da semana que vem (31). Nos nove dias de viagem, ele irá ao Canadá e aos Estados Unidos para “representar interesses” do Paraná, segundo mensagem encaminhada à Assembleia Legislativa. Nesse período, quem assume o Palácio Iguaçu é a vice-governadora Cida Borghetti (PP).
Conforme agenda divulgada pelo Executivo, o primeiro compromisso de Richa será um encontro em Montreal com a ministra das Relações Internacionais do governo do Québec, Christine St-Pierre, para renovar um acordo de cooperação técnica entre o Paraná e a província canadense, assinado na década de 90. Na cidade, ele também se encontrará com o consul-geral do Brasil, Rubens Gama, e ainda visitará a Bombardier, empresa que produz vagões ferroviários, para conhecer a tecnologia do setor.
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Já em Nova Iorque, na próxima segunda-feira (28), ele participará de uma solenidade na Bolsa de Valores em comemoração aos 20 anos do lançamento das ações da Copel e, em um encontro organizado pelo Grupo Itaú, falará de investimentos na área de energia envolvendo a companhia paranaense. Na cidade, ele ainda almoçará com 20 investidores da Bolsa para apresentar o Paraná.
Por fim, em Boston, cumprirá uma agenda de prospecção e gerenciamento de negócios com as empresas Wellington Management, Fidelity Investments e Boston Corporation.
Ausente
Enquanto estiver fora do estado, Richa perderá pelo menos dois eventos importantes. Um deles é a votação no plenário da Assembleia do mais recente pacote do governo. Os projetos, que mexem em mais de uma dezena de questões envolvendo o funcionalismo público, enfrentam resistência de servidores por, entre outras medidas, congelar diversas gratificações e alterar o dia a dia da Polícia Militar. A expectativa é que as propostas sejam analisadas pelos deputados justamente na semana que vem.
Além disso, na próxima quarta-feira (30), está programado pela APP-Sindicato – que representa professores e funcionários das escolas estaduais − um dia de paralisação. O protesto será por “luto”, em memória ao episódio de 30 de agosto de 1988, no governo Alvaro Dias, quando policiais jogaram cavalos contra docentes que protestavam por melhores salários e condições de trabalho; e também pela “luta da educação”, diante da visão da categoria que, desde 2015, Richa vem tirando uma série de direito dos funcionários públicos e, em especial, dos professores.