Presos na terça-feira (11) em decorrência da operação Rádio Patrulha, o ex-governador Beto Richa (PSDB) e a esposa dele, Fernanda Richa, passaram a noite no Regimento da Polícia Montada, da Polícia Militar, no bairro Tarumã, em Curitiba. Eles foram transferidos ainda durante a noite de terça (11), depois de uma rápida passagem pelo Complexo Médico Penal, em Pinhais, onde ficaram os outros 10 presos da operação na capital, inclusive o irmão de Richa, Pepe Richa.
Na terça-feira (11), data da prisão, Beto chorava muito. Já nesta quarta (12) ele está mais tranquilo e fazendo leituras. As informação são da presidente do Conselho da Comunidade da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, Isabel Kluger Mendes, que conversou com Beto e Fernanda. O casal está tendo contato mesmo em salas diferentes, segundo Isabel.
Até a tarde desta quarta-feira (12) não havia uma resposta da Justiça ao habeas corpus impetrado pela defesa do casal. Até lá, eles seguem presos. Pela manhã, um dos advogados chegou trazendo uma mala.
Nem PM nem a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) passam qualquer informação sobre as condições da prisão do casal, mas é certo que eles estão separados e em salas, e não em celas. Fernanda é advogada e, portanto, tem direito a sala de Estado-Maior. Fontes extraoficiais confirmaram à Gazeta do Povo que Richa e Fernanda não comeram a alimentação servida no batalhão, mas receberam comida de fora.
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De acordo com informações repassadas por uma fonte que conhece a estrutura interna do regimento, há dois possíveis locais onde o ex-governador e a esposa podem ter passado a noite. A probabilidade maior é que eles tenham ficado num conjunto de dormitórios próximo às baias.
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Segundo a fonte, as salas do local não são salas específicas para detenção, mas para uso de majores e coroneis em plantão. Cada sala tem uma cama, televisão e o banheiro é privativo. Do lado de fora, há um corredor onde se pode caminhar. “É um lugar pequeno, até confortável, mas extremamente digno”, acrescenta a fonte.
Clima é tranquilo nos arredores
O clima nos arredores do regimento foi tranquilo durante todo o dia. Quatro carros de advogados entraram e saíram pela manhã, mas ninguém da defesa fez qualquer pronunciamento sobre o caso. No regimento, todos também estão calados. Conforme a Polícia Militar, a corporação só está cumprindo ordem e não cabe a ela passar qualquer tipo de informação.
Além dos advogados e de Isabel Kluger Mendes, do Conselho da Comunidade, Richa e Fernanda não receberam outro tipo de visita. A movimentação do lado de fora do batalhão também foi calma. A rua onde está localizado o acesso principal ao regimento está bloqueada por causa de obras, e as poucas pessoas que passavam por ali pareciam caminhar alheias ao escândalo.
Candidato gravou vídeo
Apenas o candidato a governador pelo PRTB, Geonisio Marinho, foi para frente do regimento atraído pelo acontecimento, ainda pela manhã. Ele decidiu gravar um vídeo para as suas redes sociais usando como cenário de fundo o batalhão. “Eu não estou aqui me aproveitando. Vim só para mostrar que ainda tem gente honesta”, disse.
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