Os servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiram entrar em greve a partir desta quinta-feira (1º) até que os salários do mês de janeiro sejam depositados. A instituição confirmou que os vencimentos relativos ao primeiro mês do ano ainda não foram pagos aos profissionais da universidade.
O governo do estado informou que encaminhou na última quarta-feira (31) as ordens de pagamento para funcionários e professores das universidades de Cascavel (Unioeste), Ponta Grossa (UEPG) e Guarapuava (Unicentro). E que também durante a quarta-feira técnicos do estado trabalharam para concluir as análises dos documentos que recebeu da UEL e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), para que os vencimentos sejam liberados “no menor prazo possível para as contas dos servidores destas instituições”.
Na semana passada, o governo do Paraná havia informado que existia o risco de que os profissionais ligados à UEL e à UEM não tivessem os salários liberados em tempo hábil por ainda não concretizarem a adesão ao Meta-4. Ainda segundo o poder Executivo, as duas instituições já teriam sido avisadas em dezembro sobre essa possibilidade.
O Meta-4 é gerenciado pela Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seap), responsável pela gestão de pessoal e da folha de pagamento de todos os servidores do Paraná. As duas universidades questionam a adesão ao sistema alegando que ele fere a autonomia das instituições.
Na semana passada, a UEM informou que não encaminhou a documentação solicitada pelo governo do estado para adesão ao Meta-4 porque o assunto é objeto de uma ação judicial no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), e aguarda julgamento de mérito.
Segundo a universidade, a decisão do reitor tem o respaldo do Conselho Universitário da instituição e se baseia em uma decisão do TJ-PR de 1992, que reconheceu a autonomia da UEM e da UEL, as duas maiores universidades do estado.
Ainda assim, a universidade diz ter seguido os trâmites usuais e encaminhado, nos prazos estabelecidos, todas as informações necessárias para a composição da folha salarial. E que, deste modo, o governo não pode deixar de efetuar o pagamento alegando impossibilidade técnica.
Do mesmo modo, a UEL avisou que a universidade enviou ao governo as informações habitualmente encaminhadas sobre a folha de pagamento, e que a ação administrativa complementa as exigências técnicas para a compatibilização ao novo sistema e, assim, garantir o pagamento em dia, em janeiro, dos quase 5 mil servidores da universidade. O que não significa adesão ao sistema Meta-4, acrescenta.
Em nota, a UEPG informou que o dinheiro para o repasse aos servidores entrou na última quarta-feira (31) na conta da Caixa Econômica Federal, e que com a abertura dos serviços nesta quinta, o processamento seria realizado. Também por nota, a Unioeste informou que os vencimentos foram depositados com um dia de atraso, por conta de falhas que não foram causadas pela área de recursos humanos da instituição, mas que a questão foi resolvida na manhã desta quinta-feira.
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