A baixa procura pela vacinação nas Unidades de Saúde de Curitiba começa a preocupar a prefeitura da capital. Um dos sintomas apareceu na campanha de imunização contra a gripe: a prefeitura estendeu o período em que a vacina estará disponível no sistema porque não atingiu a meta de cobertura entre os grupos prioritários.
Agora, será possível tomar a vacina até o dia 25 desse mês. De acordo com a secretária de Saúde da capital, Márcia Huçulak, a intenção é abrir a campanha para toda a população, já que os grupos prioritários não têm buscado a imunização.
A queda na procura pelas vacinas, entretanto, não é exclusiva do caso da gripe. Em Curitiba, a vacinação contra o sarampo, a rubéola e a caxumba tem preocupado a gestão municipal. “Estamos pedindo aos pais que levem suas crianças às Unidades de Saúde. Vacinando seu filho o cidadão está ajudando a proteger a sociedade como um todo”, afirmou Huçulak em entrevista à Gazeta do Povo.
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Segundo ela, a baixa procura tem sido motivada por um movimento contra vacinas, que foi classificado pela secretária como “uma bobagem”. “É um comportamento que tem se proliferado principalmente entre a população mais esclarecida. Isso é uma bobagem do ponto de vista epidemiológico”, disse.
A queda na vacinação tem sido sentida no país todo. Matéria do jornal Folha de S. Paulo , publicada nesta terça-feira (19), revela que a cobertura vacinal no Brasil atingiu o nível mais baixo em 16 anos. As vacinas indicadas para crianças com menos de um ano ficaram abaixo dos 95% de cobertura desejados pelo Ministério da Saúde.
Entre as estratégias adotadas pela prefeitura para incentivar a vacinação estão a realização de mutirões e o atendimento aos sábados.
Veja a entrevista com a secretária na íntegra: