| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A prefeitura de Curitiba retomou esforços para, enfim, tirar do papel o Ligeirão Norte-Sul, eixo de mobilidade que corresponderia à terceira linha direta expressa da capital paranaense. Iniciado em 2011 – com a adequação de canaletas e estações-tubo –, o projeto estava parado desde junho do ano passado. O modelo atual será mais estendido em relação ao projeto inicial: deve ligar o terminal do Santa Cândida ao do Capão Raso.

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Nesta semana, a prefeitura anunciou que obteve a liberação de R$ 111,5 milhões para obras de mobilidade da capital paranaense, entre as quais a do Ligeirão Norte-Sul. Incluídos no Orçamento-Geral da União, os recursos precisam de uma autorização de início de obras, a ser dada pelo Ministério das Cidades, para efetivamente chegarem aos cofres de Curitiba.

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Parte deste dinheiro será investido na implantação de três estações-tubo entre a Praça do Japão e o terminal Capão Raso – intervenções previstas para o Ligeirão Norte-Sul. Segundo o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), as etapas que dependiam do município (a aprovação do projeto) já foram consolidadas e agora a capital espera a liberação efetiva dos recursos para iniciar as obras.

Ligeirão estendido

Rascunhada na gestão de Luciano Ducci (PSB), a versão original do Ligeirão Norte/Sul previa a integração entre o terminal do Santa Cândida à estação-tubo Bento Vianna, no Água Verde. Os ônibus fariam o retorno pela Praça do Japão. Na ocasião, moradores do Água Verde chegaram a se mobilizar contra o Ligeirão, apontando que o movimento traria impacto à região e poderia descaracterizar a praça.

O projeto atual, por sua vez, prevê a ligação até o terminal do Capão Raso. Segundo o Ippuc, o Ligeirão Norte-Sul passará por 27 estações-tubo e cinco terminais: Santa Cândida, Boa Vista, Cabral, Portão e Capão Raso.

Outras obras

Além do Ligeirão Norte-Sul, os recursos aprovados devem financiar outras obras, como intervenções no terminal do Tatuquara e obras em lotes da Linha Verde. Além disso, Curitiba conseguiu aprovar por mais seis meses a provação de outros projetos de mobilidade. Com isso, a cidade tem até dezembro para concluir e obter aval para outras obras de mobilidade. Segundo a prefeitura, isso pode representar um aporte de mais R$ 205 milhões.