Servidores públicos municipais de Curitiba fazem um protesto ao redor da Câmara de Curitiba na manhã desta segunda-feira (12), véspera da data marcada para a votação dos principais projetos do pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN). A Casa amanheceu cercada por grades, colocadas a pedido da presidência para limitar o acesso. Com buzinas, os manifestantes fazem muito barulho (o nível de ruído medido no local chegou a 99 decibéis - acima do limite de tolerância para o ouvido humano, que é de 85 decibéis) com o intuito de pressionar os vereadores a rejeitar as medidas que mexem, principalmente, com os seus bolsos. A prefeitura, por sua vez, alega que o aperto no cinto é fundamental para a retomada dos investimentos.
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Por volta das 10h15, o protesto incluiu o fechamento parcial da Avenida Visconde de Guarapuava, que passa ao lado da Câmara. As três faixas da esquerda tiveram o tráfego bloqueado, causando lentidão no fluxo na região.
As propostas mais duras do Plano de Recuperação de Curitiba, como o pacote é chamado pela administração municipal, recaem sobre os servidores. Entre elas estão a suspensão dos planos de carreira e do pagamento do reajuste anual; a limitação do gasto com pessoal a 70% do crescimento da Receita Corrente Líquida; o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%; e a criação de um fundo de previdência complementar, além da devolução de R$ 600 milhões que a prefeitura afirma terem sido pagos indevidamente do instituto de previdência dos servidores para os cofres municipais.
Apenas duas medidas extrapolam a relação entre o município e o funcionalismo: o aumento da alíquota de ITBI para imóveis entre R$ 140 mil e R$ 300 mil e a desvinculação da taxa de lixo da cobrança do IPTU, que permite o aumento do valor e a cobrança da taxa de mais contribuintes, que atualmente são isentos do imposto predial.
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