Richa discursa durante evento no Palácio Iguaçu nesta segunda-feira (5)| Foto: Orlando Kissner/ANPr

Em sua primeira declaração à imprensa sobre as conversas com o senador Aécio Neves (PSDB) que foram gravadas com autorização judicial, o governador Beto Richa (PSDB) foi sucinto. “Não tenho nada a ver com as investigações. [As gravações] só depõem a meu favor”, afirmou na manhã desta segunda-feira (5), durante uma cerimônia no Palácio Iguaçu.

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Nos áudios, Aécio Neves pede a Richa que faça seu secretário da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), retirar um vídeo com críticas ao senador mineiro que havia postado em seu perfil no Facebook.

Entre os áudios divulgados, há um diálogo entre o senador e sua irmã, Andrea Neves, em que ela o avisa sobre a existência do vídeo e refere-se a Rossoni como “um cara babaca do Paraná”.

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Neste domingo (4), novamente por meio de um vídeo publicado em seu Facebook, Rossoni comentou as gravações. “Babaca, não, minha filha. Ela faltou com respeito aos paranaenses”, disse.

Ele afirmou ainda que caso Aécio retome o comando nacional do partido, ele sairá da legenda. Segundo Rossoni, o senador poderia ter entrado em contato direto com ele. “Eu teria dito: ‘Se você deve, tem que pagar. Você não tem o direito de manchar a imagem do nosso partido, fundado sob seriedade por homens intocáveis da história deste país’”, afirmou. Apesar de dizer que torce para que o mineiro prove inocência, Rossoni garantiu que, ainda que Aécio seja inocente mas volte ao comando do partido, ele deixará o PSDB. “Já senti que vai ficar um ranço, nós vamos nos estranhar e atrapalhar o partido nacionalmente”.

Já sobre a intervenção de Richa cobrada por Aécio, Rossoni afirmou que o governador teve uma posição de estadista e respeitou sua opinião. “Não fui chamado a atenção. Ele apenas me perguntou o que falei no vídeo eu disse a ele que externei que não aceitava o que estava ocorrendo com o Aécio. E estou aqui para colaborar. A partir do momento em que não ajudar mais, vou embora”.