Ainda não há previsão de horário para que o empresário Jorge Atherino deixe a prisão, de acordo com a Polícia Federal. A soltura depende do pagamento de uma fiança de R$ 8 milhões. Ligado ao ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) , Atherino foi preso em 11 de setembro do ano passado, na esteira da Operação Piloto, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) no Paraná.
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A soltura foi determinada no sábado (12) pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). “Defiro a liminar para determinar ao juízo processante que substitua a prisão preventiva do paciente pelas medidas cautelares diversas, que julgar pertinentes”, escreveu Toffoli.
A Gazeta do Povo não conseguiu contato com o advogado de Atherino, Carlos Alberto Farracha de Castro.
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A 23ª Vara Federal de Curitiba abriga a ação penal na qual Atherino responde por supostos crimes cometidos no bojo de uma licitação, aberta pelo governo do Paraná em 2014, para contratar a empresa responsável pela obra de duplicação da PR-323. De acordo com a denúncia do MPF, a Odebrecht pagou propina para ganhar o certame. Em troca, teria oferecido R$ 4 milhões para a campanha eleitoral do então governador do Paraná, Beto Richa. Ainda segundo o MPF, Atherino foi quem articulou o recebimento de parte do dinheiro. A defesa nega.
Outro denunciado pela Operação Piloto, Deonilson Roldo , ex-chefe de gabinete de Beto Richa, segue preso.
Fiança
Na tarde desta segunda-feira (14), o juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, definiu quais medidas cautelares serão aplicadas no caso, em substituição à prisão. Entre elas, está o pagamento de uma fiança no valor de R$ 8 milhões.
O valor da fiança, segundo o juiz, levou em consideração “o alto valor relacionado ao fato criminoso que foi objeto de denúncia, 4 milhões de reais, e a enorme movimentação financeira suspeita que está sendo investigada, superior a 500 milhões de reais”.
Atherino também usará tornozeleira eletrônica e fica proibido de manter contato com denunciados ou investigados da Operação Piloto. Ele também não pode se ausentar de Curitiba - e deve entregar o passaporte.
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