O ministro João Otavio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acatou o pedido da defesa e mandou soltar Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). Roldo estava preso desde setembro de 2018, na Operação Piloto, que apura suspeitas de irregularidades nas negociações com a Odebrecht. A construtora teria feito doações irregulares ao tucano em troca de favorecimento em um contrato na PR-323, rodovia que passaria a ser pedagiada sob a responsabilidade da empresa.
A Gazeta do Povo ainda não teve acesso à decisão, que só deve ser publicada no dia 4 de fevereiro. A informação da concessão do habeas corpus foi confirmada pela defesa de Roldo e pela assessoria de imprensa do STJ. Ainda não há informações de quando a ordem judicial será cumprida.
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Entenda o caso
Deonilson Roldo é alvo de diversas investigações, com participação apontada também nos focos da operações Rádio Patrulha e Integração, mas a situação que o mantinha preso era referente à Operação Piloto. Em um áudio que veio a público em maio do ano passado, o então chefe de gabinete de Richa fala com um empreiteiro, tentando convencê-lo a não participar de uma licitação que estaria direcionada para Odebrecht.
A prova foi juntada ao caso da Operação Piloto, que ganhou esse nome em função do apelido dado na planilha da propina da Odebrecht que, segundo a investigação, se refere ao ex-governador Beto Richa, apreciador de corridas de carro. A prisão de Roldo foi autorizada pelo então juiz Sergio Moro em setembro. Roldo ficou um tempo na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e depois foi encaminhado para o Complexo Médico Penal, em Pinhais.
Habeas corpus negados anteriormente
Em outubro, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre, negou habeas corpus a Deonilson Roldo. Segundo os desembargadores, as provas reunidas contra Deonilson são robustas e havia justificativa para mantê-lo na cadeia.
No início de 2019, também o Supremo Tribunal Federal (STF) havia negado a liberdade para o ex-chefe de gabinete. O empresário Jorge Atherino, preso na mesma operação, conseguiu deixar a prisão em janeiro.
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