O conselho da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Paraná (Agepar) autorizou o pedido feito pela Sanepar para reajustar a tarifa de água e esgoto praticada em todas as cidades que são atendidas pela companhia de saneamento. A empresa estatal queria um porcentual de 4,74%, mas a Agepar aprovou um aumento 5,12%, que passa a ser cobrado nas faturas a partir de 17 de maio.
O reajuste é superior à variação inflacionária do período de um ano, que foi de 3,18%, de acordo como Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Pesaram na avaliação, que foi unânime entre os conselheiros que analisaram o caso em março, as perdas da mudança da data-base, que passou de 1º de abril para 17 de maio. Além das consequências da mudança de data do aumento, a Agepar aplicou a reposição inflacionária e ainda o reequilíbrio econômico-financeiro, que estabeleceu que a tarifa vai subir 25,6%, de forma parcelada, ao longo de oito anos.
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A diferença entre o porcentual proposto e o aprovado foi consequência de uma divergência de entendimento sobre a forma de repor os valores que deixaram de ser arrecadados durante 45 dias do ano passado, em função de uma alteração na data de reajuste. A Sanepar propôs que a reposição fosse parcelada ao longo dos próximos sete anos, mas a Agepar considerou que, para evitar incidência de juros, é melhor repor de uma única vez.
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Com o reajuste, o valor a ser pago pelos consumidores que usam tarifa social terá um acréscimo de R$ 0,68, que passará a custar R$ 13,88. Para os clientes que usam a tarifa básica de cinco metros cúbicos mensais, sobe R$ 3,03 e vai R$ 62,25. O valor sobe para R$ 71,89, que representa R$ 3,47 a mais, para os consumidores que usam até 10 metros cúbicos por mês. O cálculo é progressivo, com preços proporcionalmente mais altos a partir de consumos maiores.