As 200 pessoas que acompanharam o primeiro dia do julgamento do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho poderão voltar ao Tribunal do Júri nesta quarta-feira (28), com a mesma senha. Durante a tarde, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) havia divulgado que seriam distribuídas novas senhas para o segundo dia, por ordem de chegada. No final da sessão desta terça, porém, o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar voltou atrás e afirmou, sob aplausos, que a plateia seria mantida. O segundo dia é o mais importante do julgamento, quando sairá o veredicto.
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Entenda o caso
O ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho está sendo julgado pela colisão ocorrida em 7 de maio de 2009, quando o Passat que o réu dirigia atingiu o Honda Fit em que trafegavam dois jovens, que morreram na hora. O caso é emblemático por uma série de motivos, entre os quais, por ser a primeira vez que um político paranaense vai a júri popular e pela discussão que gerou sobre crimes de trânsito.
Em agosto de 2009, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou Carli Filho por duplo homicídio com dolo eventual. Na prática, a promotoria considerou que, embora não tenha tido propriamente intenção de matar, o ex-parlamentar assumiu o risco de fazê-lo. Isso porque Carli Filho dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 quilômetros por hora, quando o carro dele decolou a atingiu o veículo em que estavam as vítimas. Além disso, o agora réu havia consumido álcool e estava com a carteira de habilitação suspensa - com 130 pontos.
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