Os 54 deputados estaduais eleitos do Paraná tomaram posse na tarde desta sexta-feira (1º) na Assembleia Legislativa. Na sequência, votaram para escolher os nove parlamentares que irão comandar a Mesa Diretora da Casa para o biênio entre 2019 e 2020.
Como já era esperado, Ademar Traiano (PSDB), que inicia seu oitavo mandato, foi reconduzido ao cargo de presidente da Assembleia Legislativa. O nome dele foi fechado com a bênção do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). A primeira-secretaria - posto responsável pela administração da Casa - ficará nas mãos de Luiz Claudio Romanelli (PSB).
A chapa “Parlamento Independente” foi aprovada por 48 votos. O novato Boca Aberta Júnior (PRTB) foi o único a votar contra. Outros cinco parlamentares registraram abstenção: Luiz Fernando Guerra (PSL), Arilson Chiorato (PT), Tadeu Veneri (PT), Luciana Rafagnin (PT) e Professor Lemos (PT).
A eleição do comando da Alep foi realizada logo após a cerimônia de posse dos eleitos - dos 54 parlamentares da legislatura que se encerrou agora, 32 foram reeleitos. O mandato deles segue até janeiro de 2023.
Lista completa
Veja quem irá comandar o Legislativo paranaense em 2019:
Presidente: Ademar Traiano (PSDB)
1º secretário: Luiz Claudio Romanelli (PSB)
2º secretário: Gilson de Souza (PSC)
1º vice-presidente: Plauto Miró (DEM)
2º vice-presidente: Tercílio Turini (PPS)
3º vice-presidente: Requião Filho (MDB)
3º secretário: Marcel Micheletto (PR)
4º secretário: Gilberto Ribeiro (PP)
5º secretário: Nelson Luersen (PDT)
Como foi o acordo
O aval de Ratinho ao nome de Traiano se deve a um acordo feito entre os dois antes mesmo do início da campanha eleitoral. Apesar de o PSDB ter se coligado com a governadora Cida Borghetti (PP), o tucano apoiou Ratinho, do PSD, tendo, inclusive, comparecido à convenção que homologou a candidatura do agora governador. Em troca, Traiano recebeu a promessa de que teria caminho livre para se reeleger presidente da Assembleia Legislativa.
E, nas conversas com os deputados eleitos depois vencer no primeiro turno, Ratinho externou o desejo da “recondução” de Traiano ao comando do Legislativo. Apesar de o governador insistir em negar qualquer interferência na disputa da Assembleia em nome da “independência entre os poderes”, a influência dele no pleito foi evidente na medida em que o PSD ficou de fora dos nove cargos da Mesa na chapa encabeçada pelo tucano. Além do cumprimento do acordo, a medida foi uma clara tentativa de garantir uma governabilidade tranquila na Casa a partir de 2019.
Além dos quatro deputados do PT, que devem trilhar o caminho da oposição, praticamente apenas o PSL ficou de fora da composição. Diante disso, é esperado que Fernando Francischini (PSL), ocupe uma comissão importante na Casa.
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