Imagem ilustrativa de painéis fotovoltaicos, que são usados na captação de energia solar| Foto: Pixabay/Andreas160578

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) planeja investir R$ 8 milhões para construir uma usina de energia solar em Paranavaí, no Noroeste do estado. A ideia é integrar a produção à rede da Copel e reverter os kilowatts produzidos em créditos para desconto na conta de eletricidade dos 153 fóruns eleitorais do estado e da sede da Justiça Eleitoral, em Curitiba. Por ano, o TRE-PR desembolsa cerca de R$ 3,5 milhões com energia elétrica, segundo o secretário de orçamento do órgão, Valcir Mombach.

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Foi ele o idealizador do projeto da usina fotovoltaica. Pelas contas de Mombach, três anos após a conclusão da obra, o custo de instalação da planta já terá sido compensado pela economia que se fará nos gastos com energia elétrica. O plano é que as obras comecem já no segundo semestre e no fim do ano a usina esteja parcialmente em funcionamento. “Para esse ano, a previsão é que tenhamos uma produção de, pelo menos, 500 kWh/mês. No ano que vem, queremos ter a produção de mais 1,5 mil kWh/ mês”, diz Mombach.

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A usina só vai chegar a produção pretendida de 3 mil kWh/mês – que atenderia 100% a demanda atual da Justiça Eleitoral no estado – quando a obra estiver 100% concluída. Um dos entraves para ver todo o projeto pronto ainda neste ano é a falta de dinheiro. Por enquanto, há R$ 2,2 milhões em emendas parlamentares já liberadas para a obra.

De acordo com Mombach, ainda se espera a liberação de outros R$ 2 milhões em emendas para o ano que vem. Os R$ 4 milhões restantes deverão ser repassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O terreno para a construção da usina será cedido pela prefeitura de Paranavaí ao TRE. Na semana passada, o presidente da corte, o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, esteve no município para tratar do assunto.

De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura de Paranavaí, nos próximos dias deverá ser enviado à Câmara Municipal da cidade um projeto prevendo o repasse do terreno. A área de cerca de 30 mil metros quadrados fica próxima a subestação da Copel do município. O ganho para a cidade seria o ICMS gerado pela energia jogada na rede pela usina e que voltaria, em parte, para o município.

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A escolha para a instalação da usina em Paranavaí não foi à toa. O município, que fica no Noroeste, está numa das regiões do estado com maior potencial para a geração de energia fotovoltaica, de acordo com estudo feito pela Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), baseado em dados do Atlas Brasileiro de Energia Solar. De acordo com a pesquisa, a irradiação solar no território paranaense evidencia um grande potencial para o estado na geração de energia solar.