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Roberto Requião (PMDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Alvaro Dias (PV) | Edilson Rodrigues, Waldemir Barreto e Moreira Mariz/Agência Senado
Roberto Requião (PMDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Alvaro Dias (PV)| Foto: Edilson Rodrigues, Waldemir Barreto e Moreira Mariz/Agência Senado

A reforma da Previdência ainda não enfrentou o primeiro turno de votação no plenário da Câmara dos Deputados, mas o assunto rende debate também no Senado, onde os três integrantes da bancada do Paraná já se posicionam contrários ao texto elaborado pelo Planalto.

A unanimidade chama atenção: enquanto Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) costumam atuar juntos na oposição, Alvaro Dias (PV) não raramente endossa proposições do Executivo, embora rejeite vínculo com a base aliada.

A reforma da Previdência, ou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, é considerada prioritária pelo presidente Temer, cuja expectativa é aprovar as mudanças ainda neste primeiro semestre.

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Mas, na Câmara dos Deputados, o Planalto já enfrenta dificuldades. Houve recuos em relação ao texto original e, ainda assim, há dúvidas sobre o número de parlamentares dispostos a votar a favor das mudanças.

Se o texto chegar ao Senado, a oposição não promete trâmite fácil. “Nós não vamos ficar mansos aqui, não. Nós viremos com o povo para dentro do Senado da República”, discursou Gleisi, que é líder da bancada do PT na Casa.

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“A proposta é tão ruim, é tão perversa com os trabalhadores, é tão perversa com o povo brasileiro, que o próprio governo Temer está vendo que a sua base aliada na Câmara dos Deputados não consegue aprovar essas propostas”, provocou a petista, em pronunciamento na tribuna do Senado.

Requião tem a mesma opinião. Em pronunciamento também no plenário, o peemedebista já chamou a reforma da Previdência de “crime social em larga escala” e disse que apenas “a absoluta insensibilidade deste Senado resultaria em aprovação do monstrengo”.

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“Depois de ler e reler as propostas, de ouvir desde os meus conterrâneos no Paraná até qualificados especialistas no assunto, concluo que estamos diante de um dos maiores embustes da história brasileira. Mais do que isso, estamos diante de uma das maiores crueldades que se ousou perpetrar contra o nosso povo”, discursou ele.

Alvaro Dias também se tornou um crítico do texto. Segundo o ex-tucano, não é uma reforma que “subtrai direitos adquiridos” que fará “o país andar”.

“Os trabalhadores e aposentados não são responsáveis pelo rombo, e não podemos debitar a eles este prejuízo. Que tal fazer o país andar cobrando os ‘megadevedores’? Fazendo a auditoria da dívida pública?”, cobrou o parlamentar.

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