Um adesivo com a logomarca da Defesa Civil do Paraná vai identificar os caminhões que transportam cargas prioritárias e que deverão ter passagem livre pelos pontos de bloqueio, impostos pela greve dos caminhoneiros. Os detalhes da operação foram divulgados nesta sexta-feira (25), pelo comitê de crise liderado pela Defesa Civil, que espera minimizar os impactos da manifestação e manter os serviços essenciais.
Os veículos que terão o tráfego liberado serão os que transportam combustível destinado ao abastecimento de viaturas; cargas vivas e ração animal; insumos hospitalares; alimentação para presos; e leite. Os adesivos serão afixados no parabrisa dos caminhões, para que os manifestantes possam permitir a passagem. A liberação das cargas essenciais faz parte de um acordo firmado na quinta-feira (24), entre os caminhoneiros e o comitê de crise.
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Segundo o coronel Maurício Tortato – chefe da Casa Militar, a quem a Defesa Civil está vinculada –, quatro mil adesivos já foram impressos, com uso destinado a Curitiba e região metropolitana. As coordenadorias regionais da Defesa Civil estão autorizadas a também imprimir a logomarca e destiná-las aos veículos que transportam as cargas prioritárias.
“Na confiança”
O comitê de crise aponta que a dinâmica se dará a partir de uma relação de “confiança responsável”. Ou seja, as próprias transportadoras estão autorizadas a afixar os adesivos nos caminhões que conduzem os produtos essenciais. Apesar disso, mesmo os veículos que estejam com a logomarca da Defesa Civil devem ser vistoriados.
“O adesivo não é um salvo conduto. O veículo pode e deve ser fiscalizado. O condutor, apresentando a nota fiscal da mercadoria, os manifestantes podem abrir o baú e verificar se a carga transportada corresponde com a especificada no documento”, explicou Tortato. “O que a gente explicou para os transportadores, é que precisamos de responsabilidade, para que essa dinâmica não caia em descrédito.”
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Nesta sexta-feira, veículos carregados com este tipo de produto já foram liberados no Paraná, seguindo esta operação. Ainda não há um balanço com o número de caminhões que puderam seguir viagem, mas, segundo a Defesa Civil, vários fluxos foram normalizados. Como exemplo, Tortato menciona o abastecimento de ração para a indústria avícola, que ocorre normalmente.
O governo, no entanto, aponta que “algumas situações pontuais” – em que manifestantes se negavam a liberar a carga – foram detectadas e, de acordo com as autoridades, os problemas foram contornados após negociações.
Sem força
O comitê de crise também destacou que abriu mão do reforço de forças federais de segurança pública, ofertadas a todos os estados pelo presidente Michel Temer (MDB) nesta sexta-feira. A avaliação do governo do Paraná é de que o acordo com os caminhoneiros tem surtido efeito e que, por isso, deve-se priorizar o diálogo com os manifestantes.
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