Depois de o vereador Goura (PDT) encaminhar um requerimento pedindo que o Ministério Público Eleitoral e o Tribunal Regional Eleitoral avaliem a legalidade do plebiscito sobre a separação dos estados do Sul do restante do país, outro vereador de Curitiba entrou no debate. Mauro Ignácio (PSB), segundo secretário da Casa, usou a tribuna na sessão plenária de quarta-feira (4) para defender o plebiscito realizado pelo movimento “O Sul é meu país”.
“É um movimento da população, é um movimento pacífico. Eu acho que ela tem todo o direito de se manifestar [...] Eu espero que a população saia das redes sociais e vá para a rua se manifestar. Se manifestar de maneira ordeira, dando a sua opinião”, afirmou Mauro Ignácio.
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Em defesa do movimento separatista, Mauro Ignácio utilizou argumentos diversos e encontrou espaço para criticar a reação dos servidores municipais ao pacote de ajuste fiscal que a Câmara discutiu e aprovou ao longo de 2017.
“Esse movimento separatista do Sul já é antigo e de tempos em tempos, quando a corrupção está em alta, quando a criminalidade está em alta, quando campanhas de ideologia de gênero, escola sem partido são o tema da sociedade, esses movimentos se fortalecem e vêm para a rua, que eu não acredito que seja tão expressivo”, disse.
“Ao contrário do que aconteceu aqui na Câmara, em junho, quando nós não conseguimos debater [o pacote de ajuste fiscal], essa Câmara foi invadida quatro vezes; isso sim é ilegal. Isso não é permitido”, afirmou.
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No discurso de pouco mais de dois minutos, Mauro Ignácio ainda cobrou um posicionamento dos chefes dos governos municipal, estadual e federal. “Eu creio que o presidente Temer, o governador Beto Richa e o prefeito Rafael Greca devem se manifestar sobre esse plebiscito”, cobrou.
Primeira defesa
Desde que o plebiscito foi anunciado esta é a primeira vez que um vereador defende a ideia no plenário do Legislativo. Uma busca nos arquivos de notícias produzidas pela própria Câmara Municipal e no sistema de requerimentos parlamentares mostra que em outras legislaturas o assunto também não havia sido defendido oficialmente.
Pedido de providências a Brasília
O pedido de providências feito pelo vereador Goura foi encaminhado pelo TRE-PR à Procuradoria Geral da República. O TRE informou que esse é o procedimento padrão. Nesse caso, cabe à PGR avaliar o encaminhamento que dará a questão.
O Ministério Público Eleitoral também confirmou o recebimento do pedido do vereador, que foi encaminhado para o Ministério Público da União.
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