Os dez candidatos que disputaram o governo do Paraná nas eleições de outubro deste ano gastaram, juntos, R$ 24,7 milhões para conquistar os 5,7 milhões de eleitores que optaram por uma das candidaturas. Na média, os concorrentes ao pleito desembolsaram R$ 4,33 para cada voto válido do eleitor paranaense. O dado chama a atenção na medida em que, na corrida eleitoral de 2014, o custo médio por voto ao governo do estado foi quase três vezes mais caro: de R$ 11,60.
É possível explicar essa queda pela proibição de doações privadas às campanhas, que não vigorava há quatro anos. E também pela definição do teto de R$ 9,1 milhões para que cada candidato a governador gastasse no primeiro turno deste ano. Em 2014, como o Congresso não votou um limitador nesse sentido, cada partido fixou internamente o teto das despesas. No Paraná, por exemplo, a estimativa média de gastos totais por candidato – no início daquela eleição, também decidida no primeiro turno − passou de R$ 13,5 milhões.
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Em 2018, os dois maiores perseguidores de Ratinho Junior (PSD) tiveram custo médio por voto muito maior que os outros concorrentes. Os votos na segunda colocada, a governadora Cida Borghetti (PP), custaram em média R$ 10,09. Já João Arruda (MDB), que acabou em terceiro, teve custo médio de R$ 9,02 por voto. O valor do governador eleito ficou bem abaixo, em R$ 2,75.
Além disso, Arruda e Cida terminaram a eleição no vermelho. O déficit do emedebista – receitas menos despesas – foi de mais de R$ 1,1 milhão. Já a atual governadora ficou negativada em quase R$ 500 mil.