O ex-deputado federal André Vargas (PT-PR), o primeiro político a ser condenado pelo juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato, foi libertado nesta sexta-feira (19), após três anos de meio de prisão. O ex-parlamentar havia sido preso na 11.ª fase da Lava Jato, deflagrada em abril de 2015. Ele cumpria pena no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
A liberdade condicional do ex-deputado foi concedida pela juíza Luciani de Lourdes Tesseroli Maronezi. Vargas apresentou bom comportamento e começou a pagar a pena de reparação dos danos provocados aos cofres públicos, calculados em R$ 1,1 milhão (ele quitou as duas primeiras das 72 parcelas de R$ 15,3 mil).
Vargas terá de cumprir uma série de requisitos para se manter livre. Terá de apresentar na Justiça a cada dois meses; não se ausentar de casa por mais de 15 dias sem autorização judicial; estar diariamente em sua casa às 23 horas; e começar a trabalhar ou a estudar.
André Vargas tem três condenações, que somam um total de 24 anos e dez meses de cadeia: uma de 14 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; outra de 4 anos e meio de detenção por lavagem de dinheiro; e uma terceira de 6 anos de reclusão por lavagem de dinheiro.
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O ex-deputado chegou a ser vice-presidente da Câmara de Deputados e acabou cassado após ser acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da Lava Jato. Ele foi acusado de receber propina de contratos de publicidade da Caixa Econômica e do Ministério da Saúde.
As advogadas Nicole Trauczynski e Elisa Blasi, que defendem o político, afirmaram que a decisão foi acertada e que Vargas cumpriu “todos os requisitos legais”.
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