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| Foto: Stéferson FariaAgência Petrobras

Onze pessoas foram denunciadas por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo US$ 17 milhões na compra da refinaria de Pasadena, pela Petrobras. A força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) fez a denúncia nesta segunda-feira (18). O caso faz é investigado na operação Lava Jato.

Foram denunciados o ex-vice-presidente da empresa belga Astra Oil, Alberto Feilhaber; os operadores financeiros Raul Davies, Jorge Davies e Gregório Marin Preciado; os ex-funcionários da Petrobras Luis Carlos Moreira, Carlos Roberto Martins Barbosa, Cezar de Souza Tavares, Rafael Mauro Comino, Agosthilde Monaco de Carvalho e Aurélio Oliveira Telles e o ex-senador da República Delcídio do Amaral. 

De acordo com a denúncia, Alberto Feilhaber, vice-presidente da Astra Oil em 2005, combinou com Luis Moreira, então gerente executivo da Diretoria Internacional da Petrobras, o pagamento de US$ 15 milhões em propina para que funcionários da estatal brasileira atuassem em favor dos interesses da empresa belga no processo de compra de 50% da refinaria de Pasadena pela Petrobras.

A propina recebida foi dividida entre ex-funcionários da Petrobras que tiveram participação ativa no processo decompra e venda, como Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Luis Carlos Moreira, Carlos Roberto Martins Barbosa, Rafael Mauro Comino, Agosthilde Monaco de Carvalho e Aurélio Oliveira Telles.

Além dos ex-empregados da Petrobras, também se beneficiaram com o esquma o consultor Cezar de Souza Tavares, os operadores financeiros Fernando Soares e Gregório Marin Preciado e o próprio Alberto Feilhaber. O ex-senador Delcídio do Amaral também recebeu parcela desse montante, cerca de US$ 1 milhão, em razão de acordo que mantinha com os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque.

Ainda segundo o MPF, houve um acerto adicional de propina, também em 2005, no valor de US$ 2 milhões, feito entre Alberto Feilhaber e os então funcionários da Petrobras Carlos Roberto Martins Barbosa e Agosthilde Monaco.

Lavagem de dinheiro multinacional

O pagamento da propina milionária para os funcionários da Petrobras só foi feito em 2006, apósa compra de parte da refinaria de Pasadena pela empresa brasileira. Para repassar o dinheiro, foi usado um contrato falso de consultoria entre a Astra Oil e a empresas Iberbras Integración de Negocios Y Tecnologia, que pertence a Gregório Marin Preciado. Por meio deste contrato, foram transferidos US$ 15 milhões para a conta da Iberbras ena Espanha.

Para disfarçar a origem do dinheiro, foram realizadas complexas operações de lavagem de dinheiro, usando contas mantidas em diversas offshores de diferentes países. Foram identificadas transferêcias para contas localizadas na Suíça, em Liechtenstein, em Hong Kong e na Alemanha. A propia adicional foi repassada por meio de contas não declaradas mantidas na Suíça. Já o então senador Delcício do Amaral recebeu dua parte na propina em ao menos cinco entregas em espécies, feitas a uma pessoa indicada pelo parlamentar.

Durante as investigações, a força-tarefa constatou que alberto Feilhaber, da Astra Oil, além de pagar propina para terceiros, pegou cerca de US$ 5,2 milhções desse dinheiro para si mesmo.

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