A Operação Lava Jato atingiu em 2017, de forma indireta, personagens que não fazem parte diretamente do mundo político. Veja abaixo:
Ticiana Villas Boas
Mulher de Joesley Batista, a jornalista se afastou do SBT, onde apresentava reality shows de culinária, após o marido aquecer em fogo alto a República. A delação do sócio da JBS fez a carreira dela desandar e esfriou o casamento dos dois, já que nos áudios ele cometia indiscrições (virou meme o trecho em que relata a intenção de “comer duas véia”). Ticiana ressurgiu nas redes sociais em novembro, falando em “justiça divina” e em buscar “forças para voltar a viver e lutar”
Patricia Abravanel
Filha de Silvio Santos e mulher do deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), a apresentadora foi parar no baú da delação da JSB. Pelo relato de um executivo, Faria discutiu propina em “um jantar muito elegante” na casa de Joesley Batista com a presença da filha do dono do SBT. Os dois dizem que a afirmação é caluniosa e recorreram à Justiça. Ticiana Villas Boas, então colega de Patrícia na emissora, defendeu a amiga e disse que elas não presenciaram acerto no tal jantar
Romero Britto
Retratista de políticos que admira (já fez quadros das famílias Obama e Doria), o pintor das muitas cores viu a Justiça mandar leiloar obras que ele diz ter dado de presente ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e à mulher dele, Adriana Ancelmo. Avaliados em R$ 146 mil, os quadros com o rosto de Cabral e da ex-primeira-dama e um terceiro, abstrato, estavam na casa de veraneio dos dois, presos após investigações apontarem uma série de desvios.
Benito Di Paula
O cantor soltou a voz para reclamar do “desrespeito” do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) por parodiar sua canção “Tudo Está no Seu Lugar”, festejando o arquivamento da segunda denúncia contra Temer, baseada em delação da Lava Jato. O político, depois nomeado ministro pelo presidente, entoou no plenário da Câmara dos Deputados um verso zombando da oposição. A cantoria, protestou Benito, poderia sugerir que ele estivesse a favor de Temer: “Não tô apoiando porra nenhuma”.
Kiko Zambianchi
De apelido Kiko, o empresário Francisco de Assis Neto, apontado como operador do esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), aparecia nas planilhas de distribuição de dinheiro como “Zambi”. Era uma referência ao músico, que fez ressoar sua raiva com a inspiração do xará. “É uma sacanagem, uma canalhice”, disse o cantor, que avalia até entrar com uma ação na Justiça contra o outro Francisco, preso em uma operação derivada da Lava Jato
Celso Kamura
O cabeleireiro já era conhecido por passar suas tesouras nos fios de políticos, mas foi por causa da cliente mais famosa, Dilma Rousseff (PT), que caiu nas navalhas da Lava Jato. Em sua delação, Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana, revelou ter pago com dinheiro de caixa dois R$ 50 mil em serviços de Kamura para Dilma. A ex-presidente disse que é mentira; o cabeleireiro afirmou que recebia pessoalmente da petista e emitia notas fiscais, “devidamente declaradas”
Vampeta
Saem os gritos da torcida, entram as citações do delator. O operador Lucio Funaro disse que comprou do ex-jogador de futebol Vampeta um flat em São Paulo para a enteada de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) morar. Já o ex-deputado afirmou que Funaro deu um cheque só para garantir o negócio, mas não fechou a aquisição;feita depois legalmente, segundo Cunha. Vampeta reconheceu que vendeu o imóvel. E ironizou: “Queria ser amigo desses caras, pra eles colocarem R$ 51 milhões na minha conta”, disse Vampeta, referindo-se ao bunker de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA)
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