O brasileiro está otimista com o futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL). A maior parte aprova a montagem da equipe até aqui e as decisões já anunciadas e acredita que a corrupção deve diminuir nos próximos seis meses, que a reforma da Previdência – uma medida necessária – será aprovada e que a situação econômica deve melhorar um pouco no curto prazo. Isso é o que revela pesquisa da XP Investimentos em parceria com o Instituto Ipespe divulgada nesta terça-feira (27).
Qualidade do governo
A pesquisa mediu a expectativa do brasileiro para o novo governo. A maioria (57%) acredita que Bolsonaro fará um ótimo governo, enquanto 18% esperam uma gestão regular. Já para 20%, o próximo mandato deve ser ruim ou péssimo e 6% não souberam ou não quiseram responder.
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Primeiras medidas
Os entrevistados também foram questionados se aprovam a montagem do governo e se concordam com as medidas já anunciadas. Grande parte (63%) respondeu que aprova, contra apenas 26% que disseram reprovar.
Corrupção
Sobre o combate à corrupção, uma das bandeiras defendidas por Bolsonaro e apontada como foco do futuro ministério da Justiça, a ser comandado pelo ex-juiz federal da Lava Jato Sergio Moro, 38% acreditam que a corrupção vai diminuir nos próximos meses e 18% afirmam que ela vai cair muito. Por outro lado, 23% acham que a situação vai continuar como está e 17% que vai aumentar ou crescer muito.
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Reforma da Previdência
A pesquisa também mediu a percepção do brasileiro sobre temas econômicos. Em relação à reforma da Previdência, 67% dizem que ela é uma medida necessária. Mas, quando questionados sobre a adoção de idade mínima para se aposentar, cotada em 62 anos para mulheres e de 65 para homens na proposta em tramitação no Congresso, 57% acham que a barreira está alta e que as idades deveriam ser menores do que as estabelecidas no projeto em tramitação. 34% concordam com os valores, 3% dizem que os limites deveriam ser ainda maiores e 3% que não deveria ter idade mínima.
Sobre a expectativa de aprovação da reforma da Previdência no Congresso, há um otimismo. A maioria acredita que ela deve sair no próximo ano: 23% dizem “com certeza” e 50% que “provavelmente”. Só 15% acham que o projeto não passa e 6% dizem que “com certeza não ocorrerá”.
Situação financeira
Parte dos brasileiros também acredita que a economia pode melhorar no próximo governo. 39% disseram que a situação econômica deve ficar “um pouco melhor” nos próximos meses e 12% que devem melhorar muito. Já 28% estão céticos: dizem que vai ficar igual. E há os pessimistas: 16% ou um pouco pior ou muito pior.
Questionados sobre a sua situação financeira familiar, os resultados foram similares à expectativa econômica. Daqui a seis meses, 39% acham que vai ficar um pouco melhor, 34% igual, 16% muito melhor e 7% um pouco ou muito pior.
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Já sobre emprego e dívidas, as percepções futuras não são boas. O levantamento mostra que 45% das pessoas acreditam que a chance de perder o emprego nos próximos seis meses é grande, seguido de 25% que veem uma possibilidade pequena e 13% que afirmam ser “muito grande”. O nível de endividamento devem ficar igual para 39% dos brasileiros, na percepção dos entrevistados. Por outro lado, 31% acreditam que podem diminuir suas dívidas.
Metodologia
A pesquisa foi feita pela primeira vez e terá periodicidade mensal. O objetivo é medir a percepção da população em relação ao governo, ao Congresso e aos principais temas em debate na esfera pública. O levantamento ouviu 1 mil pessoas, por telefone, de 21 a 23 de novembro, em todo o Brasil e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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