O noticiário está repleto de denúncias de corrupção contra políticos de todos os lados, vários deles do atual governo. Michel Temer foi o primeiro presidente a ser denunciado no exercício do cargo. Mas não se ouve mais panelaços e mal se vê manifestações nas ruas. Por quê?
A resposta está na pesquisa CNT/MDA publicada nesta semana – a mesma que revelou o novo recorde negativo de Temer (apenas 3,4% de aprovação) e a liderança de Lula nas intenções de voto para 2018.
Segundo o levantamento, 50,3% dos entrevistados disseram ter “perdido a esperança com os atuais políticos” e 25,4% atribuíram a redução nos protestos após a posse de Temer à “falta de perspectivas de mudanças no curto prazo”.
Para 16,3%, a queda nas manifestações se deve à saída do PT da Presidência da República. E 3,9% afirmaram que hoje há menos motivos para protestar. Os demais citaram outros motivos ou não responderam.
Mais silêncio
Outra questão da pesquisa indica que a maioria continuará em silêncio: 67,7% das pessoas disseram que não têm intenção de participar de manifestação pela saída de Temer do cargo, e 30,8% responderam que sim.
Dentre os entrevistados que acreditam que o país está em crise política (caso de 94,3%), 49,9% acreditam que a troca do presidente não resolveria a situação; 41,2% acham que a saída de Temer resolveria a crise.
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Dos entrevistados, 91% não participaram de protesto ou ato político desde 2013 e 9% disseram ter participado. Entre os que se manifestaram, 45,3% pediam a saída de Dilma Rousseff da Presidência, 28,2% apoiavam a manutenção de Dilma e 23,8% afirmaram que o impeachment não era o alvo de seus protestos.
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