O governo de Michel Temer (PMDB) conquistou uma importante vitória no primeiro semestre: a aprovação da reforma trabalhista. Agora, o peemedebista sinaliza querer agilizar mais duas grandes mudanças até o final do ano. Para manter o apoio do DEM, legenda da base com a qual está com relações estremecidas, o presidente se comprometeu a viabilizar no segundo semestre as reformas tributária e previdenciária.
O peemedebista afirmou em jantar com lideranças do partido nesta quarta-feira (19) que se reunirá com líderes partidários para discutir o que deve ser posto em votação da reforma da Previdência já no segundo semestre.
Temer tem feito uma série de acenos às lideranças do partido em meio a crise entre as duas legendas. A confusão começou com uma visita do presidente à líder do PSB na Câmara, Tereza Cristina, para convidar os parlamentares governistas da sigla, que o DEM tenta atrair para si, para ingressarem no PMDB.
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Após a indisposição, Temer jantou na terça-feira (18) na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Depois, nesta quarta-feira (19), recebeu o vice-líder da sigla na Câmara, Pauderney Avelino (AM), e tornou a receber Maia no fim da tarde.
No jantar no Jaburu desta quarta-feira (19), compareceram além do presidente da Câmara os ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM), da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
A reunião durou cerca de duas horas e meia e teve, segundo presentes, clima ameno. A crise do PSB não foi discutida diretamente, embora o convite do presidente faça parte de sua estratégia de reaproximação.
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Com relação às reformas, o governo assume nos bastidores que terá dificuldade com a reforma da Previdência, cujo texto atual enfrenta resistências mesmo dentro da base. Assume-se que há a possibilidade de conseguir aprovar apenas a alteração da idade mínima.
O presidente também faz um aceno ao partido ao receber ACM Neto, a principal liderança do DEM no Nordeste. Segundo a Folha apurou, o baiano comunicou ao presidente seus planos de concorrer ao governo de seu Estado no ano que vem, e tratou-se no jantar de questões relativas a obras federais na região.
Temer também se indispôs com o PSB. Ele viajaria para Pernambuco, principal reduto da legenda, nesta semana, mas com a crise entre os partidos, cancelou a visita.
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