Janaína Paschoal cobra coerência de quem apoiou o impeachment de Dilma agora no julgamento da chapa no TSE.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Os juristas Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, dois dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), divulgaram vídeo nas redes sociais defendendo a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob pena de a Justiça Eleitoral terminar o processo desmoralizada em caso de absolvição. “Absolvição por excesso de provas é uma novidade. Isso só pode estar na cabeça de quem quer usar a Justiça para fazer injustiça”, disse Bicudo.

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A gravação foi feita na terça-feira (6), dia em que o julgamento foi retomado, e publicado nesta quarta-feira (7), após o término da segunda sessão da corte eleitoral. No vídeo, os dois criticam o pleito das defesas de Dilma e do presidente Michel Temer (PMDB) de desconsiderar os depoimentos de delatores no julgamento.

“Isso só pode estar na cabeça daqueles que querem usar da Justiça para fazer injustiça, porque na verdade o que cuida é da permanência do presidente da República, que não tem o mínimo de bom senso de dizer: ‘Olha, eu não sirvo para isso, eu vou embora’”, disse Bicudo. “Ele quer ficar por quê?”, questionou.

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Janaína afirmou que os elementos que impediram Dilma estão presentes no julgamento da chapa. “Quem foi a favor do impeachment de Dilma tem que ser favorável à cassação da chapa, porque as fraudes que nós provamos no impeachment, de certa forma, também estão presentes nesse material que vai ser analisado pelo TSE”, afirmou.

Ela completou afirmando que quem defende o “Fora, Temer” deveria defender a cassação da chapa por “coerência”. As denúncias feitas pelos donos do Grupo JBS também foram citadas no vídeo. Para Bicudo, o encontro do presidente com o empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu é uma demonstração clara de crime cometido por Temer. “Eu acho que ele, Temer, vai continuar cometendo o que cometeu no sentido de passar por cima da Constituição. Democracia não interessa, interessa os interesses pessoais dele”, disse o jurista.

Assista ao vídeo