Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, deputados da oposição conseguiram acordo com os governistas e acertaram que será votada na próxima terça-feira (23), como primeiro item da pauta, a “PEC das Eleições Diretas”, como está sendo nominada proposta de Miro Teixeira (Rede-RJ) que prevê o pleito em qualquer tempo de afastamento do presidente e vacância do cargo.
No plenário, o que deveria ser uma sessão solene em homenagem aos defensores públicos, tornou-se palco de ataques a Temer e discursos pela sua renúncia. Aconteceu até uma saia-justa no plenário. Autor da proposta de homenagem aos defensores, Alessandro Molon (Rede-RJ) usou a presidência dos trabalhos para atacar Temer e pedir sua renúncia. O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), foi até o plenário e vetou o colega de usar o espaço para ataques políticos. Ramalho disse que naquela cadeira deveria apenas se referir aos homenageados do dia.
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“Essa sessão é para homenagens aos defensores. Vou cortar a palavra de quem tratar de outro assunto” - ameaçou Ramalho.
Silvio Costa (PTdoB-PE) defendeu um acordo para que seja aprovada em quinze dias, na Câmara e no Senado, a proposta de Miro Teixeira.
“O país não vai aguentar isso. E a sociedade não quer uma eleição indireta, via Congresso. Não há mais clima, ambiente nem nada para se votar reforma ou resolver qualquer coisa antes de dar desfecho a essa crise”, disse Costa.
Poucos parlamentares do governo apareceram. O secretário-geral do PMDB, Mauro Lopes, de Minas Gerais, apareceu rápido e disse à Gazeta do Povo que a situação de Temer é muito preocupante.
“A situação é muito temerosa. Me desculpe, não quero fala mais sobre isso nesse momento. Vamos esperar”, disse Lopes.
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