| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

O procurador da República Carlos Fernando Lima, integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, usou as redes sociais nesta segunda-feira (28) para criticar o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro – o Kakay – e defender o juiz federal Sergio Moro. Pelo Facebook, Lima sugeriu que Kakay “tome vergonha na cara”, depois que o advogado sugeriu que Moro deveria ser preso por obstrução a Justiça.

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Durante o fim de semana, a jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, informou que Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Jr, amigo de Moro, “de intermediar negociação paralela com a força-tarefa da Operação Lava Jato”.

No domingo, Moro entrou em contato com Zucolotto e emitiu uma nota à imprensa negando as acusações. Para Kakay, houve uma combinação de resposta no episódio, o que, segundo ele, poderia ser interpretado como obstrução de Justiça e levar Moro à prisão.

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“O fato do juiz ter entrado em contato diretamente com o advogado Zucolatto, seu padrinho de casamento, para enviar uma resposta à Folha, ou seja, combinar uma resposta a jornalista, seria interpretado como obstrução de Justiça, com prisão preventiva decretada com certeza”, disse Kakay em nota distribuída à imprensa.

“Ou seja, embora exista a hipótese desses fatos serem falsos o que nos resta perguntar é como eles seriam usados pela República do Paraná? Se o tal Deuslagnol [referência ao procurador da República Deltan Dallagnol] não usaria a imprensa e a rede social para expor estes fortes “indícios” que se entrelaçam na visão punitiva. Devemos continuar dando a eles a presunção de inocência, mesmo sabendo que eles agiriam de outra forma. Como diz o poeta, “a vida da, nega e tira”, um dia os arbitrários provarão do seu próprio veneno”, concluiu Kakay na nota.

Lima, por sua vez, rebateu os comentários de Kakay através de seu perfil no Facebook. “Kakay diz que Sérgio Moro deveria ser preso em decorrência das fantasias de um livro de um réu foragido, cujos trechos foram publicados em uma coluna social. Mesmo considerando os flexíveis limites éticos do ‘autoproclamado melhor advogado do país’, desta vez Kakay foi longe demais”, disse o procurador.