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 | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O amargo remédio do reajuste dos combustíveis pegou de surpresa até mesmo os aliados mais próximos do Palácio do Planalto, que não foram consultados. Ponta de lança na defesa do mandato de Michel Temer no Congresso, o deputado e vice-líder do PMDB Carlos Marun (MS) mostrou insatisfação com a medida, mas tratou de dizer que ela é necessária para o caixa do governo não estourar de vez.

Governista até debaixo d´água, Marun disse à Gazeta do Povo que, se ele não gostou, imagine o resto da base de apoio a Temer. “Gostar ninguém gostou. Temos consciência de que foi uma medida necessária. Poucas pessoas são mais governistas do que eu e se eu não gostei, imagina o resto. Ninguém gostou”, afirmou.

Árduo defensor do governo e de suas medidas, Marun fugiu da sua toada natural para fazer suas ressalvas ao aumento da gasolina. “Isso aí é, obviamente, uma medida amarga, mas tomada por gente de responsabilidade e que não viu outra solução nesse momento. Bom não é, mas necessária”.

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Para Marun, não há solução mágica e a saída está na aprovação da reforma da Previdência. “Se a reforma da Previdência não for feita não há solução mágica. Não há saída. Mas o governo agiu com responsabilidade (ao aumentar o combustível). O Brasil não é acostumado a isso, de o governo fazer o que tem que ser feito. Rejeitamos, lá atrás, a volta da CPMF. Foi feito um planejamento e a engavetamos. O que saiu do script foi a reforma da Previdência. Se não fosse essa conspiração asquerosa da oposição, já estaria adiantada”.

Marun contou que não foi comunicado da decisão de reajuste do combustível. “Foi conversa lá da equipe econômica”.

Também aliado do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS) diz que o presidente Temer não está preocupado com o ganho político nesse momento e que se tratou de uma decisão necessária e obrigatória. E jogou a culpa na herança deixada pelos governos do PT.

“O governo do presidente Temer aguentou 15 meses sem fazer aumento. Como a recessão foi muito dura, a receita não respondeu. Aumentar a gasolina foi um imperativo depois desse tempo todo. O presidente está olhando o Brasil, e não só o ganho político. O impacto vai ser quase nada. Ele assumiu para si o preço (do desgaste). Estamos diante do presidente mais reformista da história republicana”, disse Perondi.

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