O senador paranaense Alvaro Dias, que disputou a Presidência da República pelo Podemos, é um dos cotados para comandar o Senado Federal na próxima legislatura, a partir de fevereiro de 2019. Para isso, ele ganhou um padrinho de peso, segundo o portal BuzzFeed News: o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito na chapa com Jair Bolsonaro (PSL).
Dias participou de um jantar pelos 25 anos do PRTB, o partido de Mourão, na sexta-feira (14), em São Paulo. O evento também festejou a diplomação do general pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi convidado por Levy Fidélix, eterno presidente da sigla e um dos articuladores da costura política que conduziu o general ao posto de vice-presidente da República.
Participei ontem em São Paulo da comemoração dos 25 anos do PRTB . Na foto, estou com o deputado Roberto Lucena, o presidente Levy Fidelis e sua esposa e o General Hamilton Mourão , diplomado vice presidente da República e também homenageado pelo seu partido . #AlvaroDias pic.twitter.com/UwWMsvSKu2
— Alvaro Dias (@alvarodias_) 15 de dezembro de 2018
O senador sentou-se ao lado de Mourão, que disse que gostaria de vê-lo como presidente do Senado ou como líder do governo na Casa. O apoio do militar é mais do que bem vindo a Alvaro Dias. Mourão já demonstrou mais de uma vez que pretende ter voz e um papel ativo no novo governo. Recentemente, travou uma queda de braço com o ministro extraordinário da Transição, Onyx Lorenzoni, que resultou em um enfraquecimento da influência do futuro chefe da Casa Civil.
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Extraoficialmente, o governo Bolsonaro vê com preocupação a candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência do Senado e busca alternativas que possam fazer frente ao favoritismo do emedebista. O Podemos terá em 2018 cinco dos 81 parlamentares do Senado; o PSL, quatro; e o PRTB, nenhum.
Outros nomes também são cotados e até o dia da votação tudo pode acontecer, inclusive uma união entorno do nome de Alvaro Dias.
Cid Gomes (CE) diz ter o apoio de um bloco liderado por PDT, Rede, PPS e PSB. Outro nome forte é o de Tasso Jereissati (PSDB-CE), apontado inclusive como o candidato mais forte para enfrentar Renan. Em meio a tanta especulação, surge concorrência até dentro do MDB. A líder da legenda, Simone Tebet (MS), é mencionada por alguns senadores como potencial candidata.
Também circula pelos corredores o nome do deputado Espiridião Amin (PP-SC), ex-governador de Santa Catarina, que retorna ao Senado em 2019.
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