Dois meses depois de estabelecer o que chamou de “linha de corte” para afastar integrantes do governo, o presidente Michel Temer disse a aliados que, apesar de constarem da lista do Fachin nove ministros do governo – entre os quais dois da cúpula, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) –, “não há fato novo” e que, por isso, os pedidos de abertura de inquérito não mudam a linha de corte estipulada anteriormente. “A linha de corte continua a mesma, o governo não vai afastar ninguém por estar sendo investigado”, disse um interlocutor do Palácio do Planalto.
Nesta terça-feira (11), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra 108 políticos com base nas delações da Odebrecht.
Segundo assessores próximos ao presidente, o nível de preocupação de Temer é “o mesmo de antes” e os nomes e quantidade de ministros citados já era o que se especulava. O discurso na cúpula do Planalto, portanto, é de tentar encarar a abertura de inquéritos com o maior nível de normalidade possível. “O quadro continua o mesmo, não há fragilidade para o governo porque não há novidade. O presidente mantém o mesmo nível de preocupação de antes. Ainda não temos fato novo. Se tiver, será examinado”, afirmou o assessor.
Em fevereiro, incomodado com as avaliações de que seu governo buscava blindar peemedebistas envolvidos na Operação Lava Jato, Temer afirmou que só afastará ministros acusados que forem denunciados à Justiça, ainda assim temporariamente. Demissão mesmo só no caso de se tornarem réus em ação penal.
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