O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse na noite desta terça-feira (29) que a empresa se compromete a acabar com barragens como as de Mariana e Brumadinho (MG). O modelo a montante (erguido por meio de degraus, que ficam sobre os rejeitos de minério) é mais barato e se rompeu nas duas tragédias.
Será necessário parar imediatamente as atividades nas minas que ainda têm barragens desse tipo, segundo a empresa. O processo de desativação demorará de um a três anos, dependendo do caso.
A mineradora tem ainda dez barragens a montante, todas estavam inativas e estão em Minas Gerais. Segundo Schvartsman, a empresa investirá R$ 5 bilhões e já espera ter forte impacto financeiro.
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“Os projetos estão prontos e serão enviados aos órgãos responsáveis nos próximos 45 dias e após a concessão das licenças ambientes iniciaremos imediatamente o processo para que todas sejam descomissionadas”, afirmou o presidente da Vale.
“É um esforço inédito de uma empresa de mineração no sentido de dar resposta cabal à altura da enorme tragédia que tivemos em Brumadinho”, disse Schvartsman.
Existem dois tipos de barragem a montante: a jusante e por linha de centro. A primeira cresce na direção da corrente dos resíduos, formando uma espécie de pirâmide que segura a lama. Os alteamentos não são erguidos sobre resíduos, mas a partir do dique de partida. O método pode ser até três vezes mais caro do que aquele a montante e ocupa mais espaço.
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Já a barragem por linha de centro é uma espécie de combinação dos dois tipos. Os degraus são erguidos uns por cima dos outros, seguindo uma linha de centro vertical. Alguns ficam acima dos resíduos, outros sobre o dique de partida.
Na tarde desta terça, o ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima, já havia afirmado que a Vale se comprometera com o governo de Minas Gerais a desativar as barragens críticas. Na tragédia de Mariana foram 19 mortes. A de Brumadinho já soma 84 vítimas até o momento, além de 276 pessoas que seguem desaparecidas.
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