O presidente Michel Temer recebeu aliados e familiares neste domingo, um dia após se submeter a uma angioplastia de três artérias coronárias no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
O ministro do STF Alexandre de Morais e o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) estiveram no hospital, assim como as três filhas do presidente.
Segundo boletim médico divulgado durante a manhã pelo hospital Sírio-Libanês, ele passou a noite bem e tem quadro de saúde estável.
Após receber o implante de stent, Temer segue sendo acompanhado pela equipe do cardiologista Roberto Kalil. A previsão é que tenha alta na manhã desta segunda-feira (27). A expectativa é de que o presidente retome suas atividades neste mesmo dia.
Cuidando da saúde
Temer foi submetido a uma angioplastia para desobstruir três artérias coronárias, na principal área do coração. Foi feito implante de stent – um tubo minúsculo e expansível, colocado para melhorar o fluxo sanguíneo para o coração – em uma artéria principal (descendente anterior) e em uma secundária (artéria diagonal). Na outra artéria secundária (diagonalis), foi realizada apenas a angioplastia, com balão. As artérias estavam com nível de obstrução ao redor de 90% - em patamares acima de 70%, os médicos já indicam procedimento.
Kalil reafirmou que o procedimento, realizado na noite de sexta-feira (24) em cerca de uma hora, foi bem sucedido. “Temer está bem. Ele é uma pessoa saudável, faz exercícios, se cuida. Foi algo pontual na vida do presidente”. O médico informou ainda que Temer deverá tomar medicamentos “protocolares, alguns por alguns anos, Outros para o resto da vida”.
O procedimento já estava previsto desde o final de outubro, mas não pode ser feito à época por causa de um problema urológico, que impediu que o presidente tomasse os medicamentos necessários para a realização do cateterismo. “Não foi uma cirurgia de urgência”, salientou Kalil, lembrando, porém, que havia risco. “A doença cardíaca é silenciosa”.
De acordo com o médico, também foi feita uma reavaliação urológica no presidente por causa da cirurgia na próstata a qual ele foi submetido no dia 27 de outubro e o resultado foi bom. Em 25 de outubro, o presidente teve um mal-estar e foi levado para um hospital militar em Brasília, em decorrência de um problema urológico, o que vai ser tratado agora.