Senadores Randolfe Rodrigues e Ataídes Oliveira partiram para agressão física e foram contidos pela turma do “deixa disso”.| Foto: Alessandro Dantas/Fotos Públicas

A reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, marcada para a leitura do relatório sobre a reforma trabalhista, se transformou em um grande embate entre o governo e a oposição na tarde desta terça-feira (23), em Brasília.

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Depois de mais de seis horas de debates, com a oposição tentando obstruir e impedir que a leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) fosse lido, uma manobra foi conduzida pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Ele encaminhou uma questão de ordem afirmando que o regimento interno do Senado havia sido descumprido.

Depois de muitos debates da oposição, principalmente dos senadores do PT Gleisi Hoffman (PR) e Lindbergh Faria (RJ), uma votação foi conduzida para definir se o relatório seria ou não votado. Por 13 votos a 11, ganhou o governo, com a leitura do relatório.

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Nesse momento, grande confusão se iniciou entre os senadores. Lindbergh partiu para cima do relator Ricardo Ferraço. Tentando impedir a leitura, os senadores partiram para a mesa da presidência da CAE. logo, Randolfe Rodrigues e o senador Ataides de Oliveira (PSDB-TO) partiram para agressões físicas e verbais. Houve xingamentos, gritaria e empurra-empurra.

Manifestantes ligados a sindicatos e partidos da oposição inflamaram o debate. Aos gritos de “Fora Temer” e “Jucá na cadeia”, senadores bateram boca. A Policia Legislativa tentou conter a situação e retirar os manifestantes, mas Gleisi inflamou os ânimos tentando impedir que os manifestantes fossem retirados do plenário da CAE. Aconselhado pelo líder do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), Ferraço deixou a sala sem ler o relatório.

A sessão acabou suspensa temporariamente e só foi reaberta minutos depois pelo presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE). Os governistas – e a própria equipe do relator — deram o relatório como lido e encerraram a reunião na CAE. A oposição disse que a manobra não pode ser feita e adiantou que vai questionar a medida no Supremo Tribunal Federal (STF).

Assista nos vídeos abaixo como começou a confusão na CAE: