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| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Após avisar que poderia “correr sangue” se forças de segurança agissem para retirar os caminhoneiros das estradas, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, baixou o tom e pediu, em nota, que os manifestantes desocupem as rodovias, mas que mantenham os protestos de forma pacífica.

“[...]Preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, [a Abcam] vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias”, diz a nota da associação assinada por Fonseca.

Nesta sexta-feira (25), o presidente Michel Temer anunciou que as forças de segurança pública vão ser utilizadas para garantir a saída dos grevistas das rodovias. “Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo”, declarou o presidente, em pronunciamento no início da tarde.

Na nota divulga por volta das 17 horas desta sexta, a Abcam reforça que não assinou acordo com o governo e mantém as reivindicações apresentadas antes do início da greve, de retirada do PIS-Cofins sobre o combustível.

“Já mostramos a nossa força ao governo, que nos intitularam como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições. Vale lembrar que a Abcam continua sem assinar qualquer acordo com o governo e mantém o pedido de retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.”

Leia a nota na íntegra

“Após o pronunciamento do presidente da República, Michel Temer, no início da tarde desta sexta-feira, 25, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros – Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias.

Já mostramos a nossa força ao Governo, que nos intitularam como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições. Vale lembrar que a Abcam continua sem assinar qualquer acordo com o Governo e mantém o pedido de retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.

A culpa do caos que o país se encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente Michel Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria. Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo Governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos.

É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria. Sendo assim, nos resta pedir a todos os companheiros que desobstruam as rodovias e respeitem o decreto presidencial.”

José da Fonseca Lopes, presidente da ABCAM

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