As militares israelenses encerraram nesta quinta-feira (31) sua participação nas buscas de vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG). Autoridades brasileiras e o comando de Israel afirmaram que a missão da delegação foi cumprida com sucesso.
Os militares israelenses chegaram no domingo (27) à noite e começaram o trabalho no local da tragédia na segunda-feira (28). A equipe não encontrou sobreviventes, mas ajudou a localizar 15 corpos de vítimas – o número total de mortos chegou até agora a 99.
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O presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem no Twitter agradecendo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo envio de ajuda na busca de sobreviventes do desastre. O Planalto foi informado na quarta-feira de que os 136 militares israelenses deveriam retornar a seu país nesta quinta. O governo brasileiro não soube explicar exatamente as razões. Na manhã desta quinta, os israelenses receberam uma homenagem no quartel do 12º Batalhão do Exército, em Belo Horizonte.
As bravas tropas israelenses, cedidas pelo Primeiro Ministro @netanyahu, encerram hoje a missão no Brasil. Agradeço, em nome do povo brasileiro, ao Estado de Israel pelos serviços prestados em Brumadinho-MG em parceria com nossos Guerreiros das Forças Armadas e Bombeiros.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 31 de janeiro de 2019
A presença dos israelenses no Brasil causou certa ‘estranheza’ entre os militares brasileiros – para não dizer ciúmes. As Forças Armadas brasileiras colocaram um contingente de mil homens à disposição, desde sexta-feira (25), para auxiliar no resgate de sobreviventes em Brumadinho. Só que não houve solicitação de uso do grupo pelo governo de Minas Gerais.
Questionado, o governo de Minas Gerais esclareceu que “não houve recusa de colaboração de militares” e tropas federais poderão ser solicitadas “caso haja necessidade”.
A chegada da equipe de israelenses causou um ‘curto-circuito’ logo no primeiro dia. O comandante das operações de resgate, tenente-coronel Eduardo Ângelo, disse a jornalistas que os equipamentos trazidos de Israel para Brumadinho não eram efetivos para esse tipo de desastre, causando desconforto.
O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, rebateu publicamente as críticas e afirmou que havia pessoas com ciúmes pela presença da missão no país.Nos bastidores, segundo o jornal O Estado de Minas, alguns oficiais de Israel teriam se queixado de subutilização.
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