Após ter uma paralisia intestinal no fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro disse estar com as “funções voltando à normalidade”. Em postagem feita na manhã desta segunda-feira (4) nas redes sociais, ele divulgou um vídeo no qual realiza fisioterapia.
Bolsonaro segue internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e nesta segunda é completada uma semana desde que foi submetido à cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal.
“Após uma semana da terceira cirurgia, no espaço de menos de 6 meses, graças a Deus, funções voltando à normalidade e fisioterapia contínua nos fortalecendo para que possamos voltar o mais rápido possível às atividades rotineiras com plena força. Agradeço a todos pelo apoio!”, escreveu o presidente.
No vídeo mostra as pernas do presidente pedalando em uma máquina que simula uma bicicleta, usada para realização de fisioterapia.
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Inicialmente, havia a previsão de alta em dez dias que seriam completados na quarta-feira (6). Assessores presidenciais evitam falar em data e não descartam a possibilidade de adiamento da saída do hospital.
Normalmente, o protocolo médico adotado neste tipo de cirurgia é de que a liberação do paciente só se dá após a retomada de alimentação e evacuação.
Segundo o último boletim médico divulgado pelo hospital, divulgado no domingo (3), Bolsonaro segue em jejum e seu quadro de saúde é estável.
No domingo, ele foi submetido a uma tomografia no abdômen que descartou complicações cirúrgicas.
Bolsonaro teve uma paralisia no intestino, que provocou náuseas e vômitos no sábado (2). Tecnicamente, a condição clínica é chamada de íleo paralítico.
As visitas continuam restritas, por orientação da equipe, e apenas a primeira-dama Michelle e um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o acompanham.
A assessoria da Presidência havia informado se tratar de uma “reação normal e decorrente da retomada da função intestinal”, mas médicos ouvidos pela reportagem disseram que a situação poderia indicar uma piora no quadro clínico.
Embora o Palácio do Planalto tenha improvisado um gabinete ao lado do quarto do presidente para a realização de despachos, ele segue sem agenda nesta segunda e impedido de falar.
Segundo os médicos, o excesso de conversas provoca acúmulo de gases no abdômen e prejudica o processo de cicatrização.