Funcionários e aposentados da Caixa Econômica Federal protestam nesta sexta-feira (18) contra o rombo de aproximadamente R$ 20 bilhões nas contas da Funcef, o fundo de pensão do banco, e os descontos nos benefícios para cobrir esse déficit.
Os manifestantes exigem apuração e responsabilização dos culpados por má gestão e defendem que a conta deve ser paga por quem causou o prejuízo – e não pelos participantes do fundo de pensão.
As manifestações ocorrem em todo o país. Em Curitiba, a mobilização vai das 10h às 12h na Praça Carlos Gomes, no Centro, com faixas e bandeiras.
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Milhares de funcionários e aposentados da Caixa sofrem descontos mensais nos salários e benefícios para combrir o rombo da Funcef, situação similar à do Postalis, o fundo de pensão dos Correios. Metade do rombo é coberto pelas estatais e metade, pelos trabalhadores e inativos.
Os déficits gigantescos dos fundos começaram a preocupar os trabalhadores a partir da instalação da CPI dos Fundos de Pensão, em 2015, e ficaram mais evidentes no ano passado, com a Operação Greenfield, da Polícia Federal. A CPI e a Greenfield identificaram desvios bilionários nos fundos.
Entre outros casos de má gestão, a Funcef investiu R$ 1 bilhão na Sete Brasil, empresa de sondas para a exploração de petróleo. A companhia – que, segundo a operação Lava Jato, foi criada para ajudar na corrupção e desvios de recursos da Petrobras – está em recuperação judicial.
Até junho, a Funcef descontava 2,78% dos participantes do plano, para cobrir o déficit referente a 2014 (R$ 2,3 bilhões). Para equacionar o déficit de 2015 (R$ 8,1 bilhões), o desconto subiu para 10,64%. Os descontos serão feitos ao longo de 17 anos. O fundo ainda precisa apresentar, até dezembro, uma proposta para cobrir o prejuízo de 2016, de cerca de R$ 6 bilhões. O desconto, nesse caso, será feito a partir de 2018.
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