A arquiteta Maria Cecília Castro afirmou ao juiz Sergio Moro nesta sexta-feira (15) que apresentou a Marisa Letícia um projeto de reforma do sítio em Atibaia (SP). Mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa morreu em fevereiro de 2017.
Maria Cecília falou como testemunha de defesa do empresário Fernando Bittar. Nesta ação, Lula é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro porque teria se beneficiado de R$ 1,02 milhão em benfeitorias no imóvel, frequentado por sua família. Segundo a acusação, as reformas teriam sido pagas pela Odebrecht e OAS, em troca de contratos das empreiteiras com a Petrobras. Ele nega as acusações.
Leia também: Fachin pede que 2ª Turma julgue recurso de Lula contra prisão no dia 26
A arquiteta relatou que foi procurada por Bittar, proprietário oficial do sítio, e sua mulher, Lilian, para ampliar e modernizar a cozinha. Ela disse que chegou a fazer um projeto, pago pelo empresário, que não teve continuidade.
Segundo Maria Cecília, Bittar pediu que ela marcasse uma reunião com sua tia porque queria ouvir outra opinião. Chegado o dia, ele teria avisado que a tia referida era Marisa Letícia. A arquiteta disse que apresentou à mulher de Lula o projeto, mas que não ficou exatamente como ela gostaria.
Nesta sexta, também falou a Moro o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT). Assim como outras testemunhas, a exemplo de Paulo Okamotto e Luiz Marinho, ele afirmou que Lula queria comprar o sítio a pedido de Marisa, mas que Jacó Bittar (pai de Fernando) não queria vendê-lo.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião