O ex-deputado Leonardo Quintão (MDB) deixou nesta segunda-feira (25) a Subchefia de Assuntos Parlamentares da Casa Civil. A vaga de Quintão será agora assumida por Ana Beatriz Ferreira Groba, que é atualmente assessora-chefe do ministério comandado por Onyx Lorenzoni.
No mês passado, Quintão havia sido chamado por Onyx para ajudá-lo na articulação política do governo com o Senado. Recebeu críticas de colegas, trombou com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e acabou sendo remanejado para a Subchefia de Assuntos Parlamentares, com a missão de cuidar de projetos prioritários do governo, como a reforma da Previdência.
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Após a tragédia ocorrida com o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), Quintão ganhou os holofotes por ter sido relator da Medida Provisória que criou a Agência Nacional de Mineração (ANM). Teve campanhas financiadas por empresas do setor, incluindo a Vale – doações que, à época, eram permitidas por lei – e também foi relator de uma versão do Código de Mineração no governo da presidente cassada Dilma Rousseff.
“Nunca estive com o presidente da Vale. Aliás, a Vale sempre atuou para me tirar do Código da Mineração”, disse o ex-deputado, logo que foi transferido para a Subchefia de Assuntos Parlamentares. À época, o ex-senador Paulo Bauer (PSDB-SC) assumiu a cadeira de Quintão na Secretaria Especial da Casa Civil para o Senado.
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Apesar de despachar diariamente no quarto andar do Palácio do Planalto, Quintão nunca foi nomeado, o que sempre provocava comentários de que ele poderia não ficar no cargo.
Escolhida para substituir Quintão, Ana Beatriz trabalhou como assessora parlamentar de Ronaldo Caiado (DEM), hoje governador de Goiás, quando ele era senador. Com a mudança, o time de auxiliares de Onyx para tratar de assuntos do Congresso é formado pelo ex-deputado Carlos Manato (PSL-ES), secretário especial para a Câmara; Ana Beatriz e Paulo Bauer.
Empenhado em estabelecer maior contato com os deputados para a aprovação da reforma da Previdência, Manato conseguiu uma sala separada dentro do gabinete da liderança do PSL depois que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se recusou a ceder um espaço para o governo na Casa.
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